João Ferreira, numa "arruada" em Gondomar, deu o exemplo do dossiê dos investimentos necessários e da adaptação dos regulamentos dos fundos estruturais para garantir que "nenhuma outra força como os deputados eleitos da CDU fizeram propostas de alteração a todos os regulamentos dos fundos estruturais", ou seja, algo que "não é propriamente uma postura de protesto apenas".
António Costa afirmou, na quarta-feira, que PCP e o BE afastaram-se do voto de protesto em Portugal, mas não o fizeram na Europa, considerando este tipo de posicionamento inútil para a resolução de problemas.
"Eu julgava que os partidos que há três anos e meio, connosco, construíram esta solução governativa já tinham percebido que mais vale estarem comprometidos com uma solução de Governo do que se manterem arredados numa mera posição de protesto. Infelizmente, vejo que aprenderam em Portugal, mas ainda não aprenderam na Europa", declarou o secretário-geral do PS e primeiro-ministro.
Hoje, João Ferreira recusou que a CDU seja uma mera “força de protesto”.
“Somos uma força que constrói e a nossa intervenção nesta área demonstra-o. Ao contrário dos deputados do PS que lá estiveram não a construir, mas a destruir. Votaram contra essas propostas, alinhados com o diretório e a lista de voto do seu grupo político, mas desalinhados do que era o interesse nacional", disse o eurodeputado comunista.
Considerando que “a acusação de que o voto na CDU é um voto de protesto pode lavar a consciência”, João Ferreira salientou que “o melhor desmentido disso é que a prática é o critério da verdade e a verdade é que os deputados da CDU lá estiveram a fazer propostas de alteração a todos os regulamentos dos fundos estruturais e não a destruir como fizeram os do PS quando decidiram alinhar contra o interesse nacional".
João Ferreira atribuiu ainda o ataque de António Costa a bloquistas e comunistas ao incómodo que os socialistas têm em assumir aquilo que o PS andou a fazer nos últimos anos no Parlamento Europeu.
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