À entrada para um debate sobre a Europa com o anterior presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, fechado à comunicação social, Pedro Passos Coelho avisou logo que não iria "fazer qualquer comentário sobre a atualidade política".
"Vim aqui com muito gosto, a convite do doutor Durão Barroso, num dia em que se assinala o Dia da Europa, falar um bocadinho da experiência que tivemos e que eu tive também pessoalmente numa fase muito particular e desafiante do processo de construção europeia", declarou.
Segundo o anterior presidente do PSD e ex-primeiro-ministro, que governou Portugal entre 2011 e o final de 2015, nesse período houve "um processo que foi bem-sucedido de vencer a crise financeira global" e "muitas pessoas pensaram que tudo o que era mais desafiante tinha ficado para trás".
"Mas há desafios que permanecem para a construção europeia e que precisam de ser devidamente endereçados. Não apenas para evitar os riscos do populismo, da radicalização ou até da fragmentação, mas também para ir ao encontro daquilo que são as expectativas, legítimas, dos povos europeus, dos cidadãos europeus", acrescentou.
Passos Coelho explicou que pretendia contribuir "para essa avaliação do que é que pode representar hoje refletir sobre o que falta fazer e o que pode ser importante para o futuro dos europeus", num "meio estritamente académico", e escusou-se a prestar mais declarações.
A iniciativa "Conversas sobre a Europa: José Manuel Durão Barroso em diálogo com Pedro Passos Coelho", promovida pelo Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, com o apoio da Fundação Millennium BCP, foi divulgada publicamente, mas os jornalistas não puderam entrar para assistir ao debate.
Durão Barroso, que dirige o Centro de Estudos Europeu desta universidade, explicou que convidou Passos Coelho a dar "uma aula interna" no Dia da Europa e recusou igualmente falar da atualidade política.
"Eu não vou entrar em nenhuma questão de política interna portuguesa", afirmou o antigo presidente da Comissão Europeia.
Comentários