Portas discursou cerca de 25 minutos, perante centenas de simpatizantes e militantes do CDS-PP, no mercado de Cascais, distrito de Lisboa, e resumiu aos três minutos iniciais as suas reflexões e apelos sobre as eleições europeias de domingo.
O ex-vice-primeiro-ministro e líder do CDS-PP “durante 16 anos”, como fez questão de lembrar do palco, lembrou que Nuno Melo, cabeça de lista, e Pedro Mota Soares, “número dois”, foram seus ‘vices’ no partido e disse ter “esperança que ambos sejam eleitos” e que o partido “avance e recupere os dois deputados” – a meta fixada pela própria direção de Assunção Cristas.
“Queria dizer aos eleitores da nossa área, não socialista. O país padece de um desequilíbrio excessivo a favor das esquerdas mais radicais e nunca a prosperidade de uma nação se construiu duradouramente com essas forças”, afirmou ainda.
Por isso, justificou, “é importante garantir que a moderação fica à frente da demagogia e que o senso comum prevalece sobre as utopias”.
A seguir, entrou na fase em que fez “algumas meditações” sobre a Europa, nomeadamente sobre a falta de liderança na União Europeia, mas “voltou” a Portugal para concordar com Assunção Cristas que “cativações e impostos é o novo nome da austeridade”.
E advertiu que, no Governo PSD/CDS-PP, entre 2011 e 2015, quando foi vice-primeiro-ministro, “reduzir défice de mais de 11% para 3% dá um pedacinho mais trabalho” do que fez o atual executivo.
Portas repetiu ainda o que confessou dizer aos seus “amigos socialistas”, depois de elogiar a conversão do PS à ideia de controlo das contas públicas.
“Quem não quer depender dos FMI da vida, de acertos e de erros, não endivida o pais loucamente”, acrescentou.
Sobre a Europa, alinhou também no discurso do combate aos populismos, à esquerda e à direita, e atribuiu culpas aos moderados na Europa, por, na crise dos migrantes, terem deixado “Itália sozinha” e agora se queixarem dos "populismos em Itália”.
Para o fim, o antigo líder centrista deixou a informação de que já tinha votado no CDS-PP nestas europeias, por ser um dos milhares de pessoas que, por não estar em Lisboa no domingo, votou antecipadamente.
“O meu voto já lá está”, afirmou, despedindo-se com uma frase - “que não vos falte a força e não vos falte a fé.”
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