Os dados recolhidos pela organização independente Votewatch para um consórcio de meios de comunicação social portugueses constituído por Lusa, Público, Expresso, Antena 1, RTP, SIC e TVI indicam que, com uma média de participação nos votos nominais de 91,46%, os eleitos portugueses desta legislatura são, em média, os sextos mais participativos entre os grupos nacionais nas votações nas sessões plenárias.

“O desempenho da delegação portuguesa no seu todo é bastante positivo, quando comparado com outras representações nacionais”, estima a Votewatch, no texto que acompanha os dados e que realça que os eurodeputados portugueses são os oitavos mais influentes na assembleia europeia.

Para calcular a influência, o observatório independente analisou um conjunto de critérios, agrupados em três categorias diferentes: atividades legislativas (elaboração de relatórios, de pareceres fundamentados, relatórios enquanto relator-sombra, etc.), cargos de liderança (posições dentro dos grupos políticos, de comissões do PE, entre outras), e ‘network’ (antiguidade, pertença a partidos políticos no Governo, afiliação a grupos influentes).

Segundo a Votewatch, “a média de pontuação” dos eurodeputados portugueses coloca-os ao nível de outras representações nacionais “de maior (e menor) dimensão”.

“Globalmente, a delegação portuguesa parece beneficiar da ausência da elementos nacionalistas da extrema-direita (que, atualmente, tendem a estar mais isolados e, consequentemente, a exercerem menos influência) e da concentração da maior parte dos membros portugueses nos dois maiores (e mais influentes) grupos, o Partido Popular Europeu, e a Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas”, justifica a organização.

Portugal tem 21 assentos na assembleia europeia, a nona representação mais numerosa no PE, em igualdade com Bélgica, República Checa, Grécia e Hungria. A maior delegação é a da Alemanha, com 96, seguida de França (74), Itália e Reino Unido, ambas com 73.