"O recenseamento automático [...] teve como consequência um aumento expressivo de votantes, que nos dois círculos da emigração passou de 4.844 para 13.053", apontou Paulo Pisco.

Numa análise aos resultados das eleições europeias de domingo na emigração, o deputado, eleito pelo círculo da Europa, sustentou, por outro lado, que "a elevada abstenção (97%) continua a ser uma preocupação [...], não obstante ter havido mais 20 por cento de mesas de voto do que nas eleições europeias de 2014".

Nesse sentido, sustentou Paulo Pisco, "as próximas eleições legislativas de 06 de outubro, em que o voto será feito por correio e com porte pago, serão o momento ideal para que as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo possam demonstrar a sua força".

Quando faltam apurar três consulados, o PSD venceu as eleições para o Parlamento Europeu nos círculos da emigração com 28,86% dos votos, contra 25,08% do PS.

Sobre os resultados alcançados pelo PS, Paulo Pisco considerou que o seu partido teve uma "grande vitória" na Europa.

"O PS ganhou em todos os principais países com comunidades portuguesas mais numerosas, como a França, Suíça, Alemanha, Luxemburgo, Reino Unido, Bélgica, Holanda e Espanha", disse.

"No círculo de Fora da Europa, não obstante o Partido Socialista ter perdido, apresenta resultados muito encorajadores em várias áreas consulares", acrescentou.

Nestas eleições europeias, Portugal elegeu os seus 21 representantes num Parlamento Europeu com 751 lugares. O PS foi o partido mais votado, com nove eleitos e cerca de 33,4% dos votos, seguindo-se o PSD, com 21,9% e seis mandatos.

O BE obteve 9,8% e dois eurodeputados, os mesmos que a CDU, apesar de a coligação entre PCP e PEV só ter conseguido 6,9% dos votos. O CDS-PP ficou em quinto, com 6,2% e um mandato, e o PAN em sexto, com 5,1%, elegendo pela primeira vez um eurodeputado.

A abstenção global - em território nacional e no estrangeiro - foi de 69,05%.

No estrangeiro, e quando ainda falta apurar os resultados em três consulados, a abstenção foi de 99,04%.

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