Falando aos jornalistas na sede do PSD, em Lisboa, à margem de uma reunião com a Confederação Empresarial de Portugal, Rui Rio disse não ter “reação nenhuma” a este caso.
Em causa, uma mensagem colocada na rede social Facebook por parte do Patriarcado de Lisboa na qual, entre as forças políticas concorrentes às eleições europeias de 26 de maio, eram destacados a coligação Basta, Nós Cidadãos e CDS-PP como aquelas que se opõem à liberalização da eutanásia, das barrigas de aluguer e ou descriminalização do aborto.
“Eu nem sequer tinha visto a notícia, depois deram-me nota disso. Mas, também, ao tempo que me dão nota disso, também me dão nota de que o próprio patriarcado já mandou retirar e dizer que foi um erro ou uma imprudência, o que quer que seja”, referiu o presidente do PSD.
“Se assim é, estamos outra vez no ponto zero e, portanto, não merece nenhum comentário especial”, reforçou.
Questionado sobre se a situação vale a apresentação de uma queixa ou algum reparo à igreja, Rio respondeu taxativamente: “Não, não, não, não”.
“Queixa muito menos, reparo havia se não tivessem feito aquilo que fizeram, que é retirar e assumir que foi uma imprudência. Se assumem que foi uma imprudência, está tudo bem”, assinalou.
Perante a insistência dos jornalistas, que questionaram o líder do PSD, sobre se o Patriarcado de Lisboa deveria apresentar um pedido de desculpas, Rio respondeu em tom risonho que não.
Também o cabeça de lista do PSD às europeias, Paulo Rangel, desvalorizou o tema, questionado pelos jornalistas à margem de um almoço de campanha em Sernancelhe (Viseu).
“Pelos vistos tratou-se de um engano, de um lapso, tendo sido corrigido, devemos pura e simplesmente passar à frente (…) Se foi retirado é porque nunca deveria ter existido”, afirmou.
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