“A diferença é enorme [entre a lista do PSD e a do PS]. Na nossa lista temos, à cabeça, Paulo Rangel, alguém que é um político influente na Europa. É vice-presidente do maior partido europeu, o PPE, e logo a seguir na lista temos a jovem que é líder da juventude desse PPE”, destacou Rio após descerrar, junto à Avenida da Boavista, no Porto, o primeiro cartaz de Rangel para as eleições de maio.
Rio adiantou que o PSD terá, “a seu tempo”, o programa para as europeias e que este “está na cabeça daqueles que são já experientes na Europa, a começar por Paulo Rangel”, aproveitando a ocasião para criticar o PS por arrancar, “à cabeça, com um ministro [Pedro Marques, que deixou o Governo para se candidatar às europeias] que pouco ou nada fez”.
“O pouco que [Pedro Marques] fez foi, sabendo que ia ser candidato, desatar a prometer o que não conseguiu fazer enquanto ministro”, observou Rio.
O líder social-democrata respondeu desta forma aos jornalistas quando questionado sobre se concordava com Paulo Rangel quando este afirmou que a lista do PS era “um reservatório de ex-ministros”.
“Basta fazer a comparação entre a lógica que presidiu à composição da nossa lista e a do PS. São completamente diferentes”, vincou o líder social-democrata.
Quanto às críticas feitas pelo PS ao facto de o PSD não ter um programa, Rio lembrou que “a pré-campanha está a começar”.
“Ter programa antes da pré-campanha é um bocado difícil”, disse.
“Evidentemente, vamos ter programa, mas não pomos o carro à frente dos bois”, vincou.
Rio notou que “não é quando as coisas estão a começar que o programa já está feito”.
Segundo o líder social-democrata, o programa “está na cabeça daqueles que já são experientes na Europa, a começar por Paulo Rangel”.
“Também não sei se o PS tem um programa ou se vai ter”, observou.
O cabeça-de-lista do PSD às europeias, Paulo Rangel, observou que uma das ideias apresentadas pelo PS “está aprovada desde 2018 pelo Parlamento Europeu e até tem orçamento de 5,9 milhões de euros”.
“Isso não é programa nenhum”, frisou.
Para Rangel, este exemplo “é um pouco como as promessas que [o candidato do PS] fez em janeiro, enquanto ministro”.
“Ou são coisas que já estão feitas, ou coisas para fazer daqui a não sei quantos anos”, disse.
Rangel afirmou ainda que, “se se olhar para a experiência do PSD, é evidente que há um pensamento europeu”.
O candidato social-democrata observou ainda que o secretário-geral do PS até fez recentemente “um apelo ao voto” no PSD.
“António Costa fez um enorme elogio ao Carlos Coelho [atualmente deputado do PSD no Parlamento Europeu]. É caso para dizer que até António Costa reconhece que a lista do PSD é melhor que a do PS”, indicou Rangel.
Para o social-democrata, está em causa “quase um apelo ao voto”.
“Até António Costa quer votar no PSD”, sublinhou, referindo-se ao facto de o líder do PS ter lamentado que o eurodeputado Carlos Coelho não tenha ficado em lugar elegível na lista social-democrata.
De acordo com Rangel, “a diferença [entre as candidaturas do PS e do PSD] é grande” e “não há um problema nem de programa nem de candidatos” do PSD.
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