Santos Silva participou hoje numa reunião de trabalho com os homólogos alemão, Heiko Maas, e esloveno, Miro Cerar, no âmbito da preparação do programa do designado Trio de Presidências da União Europeia, que os três países assumem entre julho de 2020 e dezembro de 2021.
Em declarações à agência Lusa, o ministro dos Negócios Estrangeiros revelou estar convencido da vitória dos partidos pró-europeus, nas próximas eleições.
“Estou pessoalmente convencido de que vai ser claro, nestas eleições, a vitoria das forças que querem prosseguir no caminho da integração europeia, sejam eles os conservadores, os socialistas, os verdes, os liberais, ou outras forças políticas pró-europeias sobre as forças que querem destruir a União Europeia”, revelou.
A propósito das candidaturas de vários partidos de extrema-direita, por toda a Europa, Augusto Santos Silvas salientou estar convencido de que “não vão vingar”.
“Certamente estamos todos à espera, infelizmente, do crescimento da sua representação no Parlamento Europeu. Mas, para todos os efeitos, todas as famílias europeias que defendem, cada uma a seu modo, a integração europeia e a união europeia vão ter uma vitoria muito expressiva, na minha opinião”, sublinhou.
O ministro dos Negócios Estrangeiros não escondeu o simbolismo da reunião de hoje em vésperas das eleições para o Parlamento Europeu.
“Foi a data mais conveniente para os três ministros, mas também o facto de se desenrolar a dois dias das eleições, também significa um sinal de confiança no funcionamento prático, concreto, rotineiro da União Europeia. Não há nenhuma razão para interromper a nossa agenda de políticas europeias porque, na minha opinião, sairá reforçada das próximas eleições”, realçou o ministro dos Negócios Estrangeiros, em declarações à Lusa.
O populismo foi um tema abordado durante a conferência conjunta dos três ministros, português, esloveno e alemão. Miro Cerar sublinhou que esta seria “uma alternativa horrenda”, enquanto Heiko Maas reconheceu que “muito está em jogo”.
“É a eleição mais importante na que participo porque é decidido o caminho da Europa. Se os populistas ganharem força no Parlamento Europeu, isso irá reduzir e ameaçar a capacidade de ação da União Europeia”, frisou o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, congratulando-se com o aparente “aumento do interesse das pessoas” pela votação.
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