“António Costa e o seu governo mostram todos os dias que podem ter um país na Europa mais social”, afirmou, para sublinhar que a recuperação da austeridade não foi feita “à custa dos filhos e netos, nem colocando mais um fardo sobre as costas”.
Segundo Timmermans, que é vice-presidente da Comissão Europeia, “Portugal mostra ao resto da Europa como se pode ser responsável com o dinheiro dos contribuintes”, entre outras coisas criando mais empregos e aumentando o salário mínimo. “António e o seu governo mostraram o caminho”, disse.
Qualificando o primeiro-ministro português como um “líder patriota, aberto ao resto do mundo e que diz ao seu povo que seja aberto, optimista, respeite as diferenças e seja simpático para com os refugiados que não têm para onde ir”, o “spitzenkandidat” (cabeça de lista) socialista apelou a que chegou a altura de “fazer alguma coisa” pela Europa.
“É tempo de pôr fim ao ódio e ao incitamento à violência, de pôr fim à diferença de vencimentos entre homens e mulheres (…), de fazer as grandes multinacionais pagar impostos como todos, de nos comprometermos com uma economia sustentada”, declarou o holandês, que salientou a necessidade de “criar um mundo com mais justiça” e uma estratégia europeia para África, a fim de ajudar este continente agora.
Neste elencar de necessidades, Timmermans referiu ainda que é preciso arranjar casas para os jovens, “que estão desesperados em encontrar uma em todas as grandes cidades europeias”, bem como de dizer “não” a uma nova corrida aos armamentos e às políticas de exclusão, nacionalismo e ódio.
Evocando o que disse o Presidente francês num vídeo apresentado aos participantes da Convenção - que “estas eleições são sobre a alma da Europa” - Timmermans destacou ainda que Portugal tem uma forte mensagem para dizer à Europa, nomeadamente como se pode recuperar de uma terrível crise económica e recuperar o optimismo.
“Estou orgulhoso de estar aqui, de ser um socialista e do que o Partido Socialista conseguiu nestes últimos anos”, concluiu o candidato dos socialistas europeus, que considerou o PS motivo de “inspiração pessoal”.
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