Assunção Cristas entende ainda que “há uma sensação de que o Parlamento legisla nas costas dos portugueses”, sem um debate sereno e aprofundado em todo o país.
“O parlamento, se tem legitimidade, e tem, não tem mandato. Os 230 deputados não têm mandato do povo para poderem decidir sobre uma tão sensível e delicada quanto a eutanásia”, afirmou a líder do CDS aos jornalistas, durante uma concentração que hoje decorreu junto à Assembleia da República promovida pelo movimento STOP Eutanásia.
A deputada recordou que o único partido que inscreveu a despenalização da eutanásia no seu programa eleitoral foi o PAN e considera que os eleitores desconheciam as posições de outros partidos, nomeadamente do PS e do PSD.
“Transformações tão profundas não se podem fazer sem um debate tão alargado na sociedade portuguesa e sem os partidos clarificarem antecipadamente qual a sua posição, mesmo que seja dar liberdade de voto aos deputados”, afirmou.
Já pelo CDS, Assunção Cristas diz que “a posição sempre foi clara”, tendo o partido “feito tudo” para que no dia 29 de maio “seja rejeitada a introdução da eutanásia em Portugal”.
“Não é o caminho de uma sociedade que é humana e acolhe a todos”, disse.
Na terça-feira, o Parlamento debate projetos de lei do PAN, Bloco de Esquerda, PEV e PS sobre a despenalização da morte medicamente assistida.
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