Germano de Sousa é um dos ex-bastonários que é recebido hoje, no Palácio de Belém, em Lisboa, por Marcelo Rebelo de Sousa para lhe transmitir que são “contra a eutanásia e contra a despenalização”, juntamente com o atual titular do cargo, Miguel Guimarães.
Os restantes ex-bastonários que vão a Belém são José Manuel Silva, Pedro Nunes, Carlos Ribeiro e Gentil Martins.
Em declarações à agência Lusa, Germano de Sousa afirmou que tem “uma consideração muito grande pela sua capacidade intelectual e ética” e espera que o Presidente tenha em consideração o “problema de ordem constitucional” dos projetos do PAN, BE, PS e PEV.
É preciso ter em conta, afirmou, “se esta lei é ou não constitucional, dado que a Constituição é clara quanto à inviolabilidade da vida humana”.
Questionado sobre se espera um veto presidencial, caso a lei passe no parlamento, o médico apenas afirmou: “Espero que o sr. Presidente da República julgue em consciência”.
Os quatros projetos de lei para despenalizar e regular a morte medicamente assistida em Portugal vão ser debatidos e votados, na generalidade, em 29 de maio na Assembleia da República.
O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) foi o primeiro a apresentar um projeto, ainda em 2017, seguido pelo BE, pelo PS e o Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV).
Todos os diplomas preveem que só podem pedir, através de um médico, a morte medicamente assistida pessoas maiores de 18 anos, sem problemas ou doenças mentais, em situação de sofrimento e com doença incurável, sendo necessário confirmar várias vezes essa vontade.
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