“Não quero falar mais do que aquilo que já falei [sobre a eutanásia]. O PSD, ao dar uma completa liberdade de voto aos deputados, isso pressupõe justamente que não haja pressões e que as pessoas sejam completamente livres na sua decisão. O que eu gostaria é que cada um dos deputados, cada dos 89, aja em função da sua consciência”, afirmou Rui Rio aos jornalistas, no Porto, à margem de uma reunião com a direção do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Advogados.

Admitindo que uma votação secreta “seria melhor”, quando está programado na terça-feira o debate sobre a morte medicamente assistida, o líder social-democrata frisou que, “em cima da votação”, é “obrigação” de todos “deixar que as consciências de cada um funcionem na sua plenitude”.

“Isto é que é a democracia”, concluiu.

A Assembleia da República produziu, para o debate de terça-feira sobre a morte medicamente assistida, um ‘dossier’ sobre os quatro projetos, incluindo os pareceres emitidos até ao momento, e um vídeo explicativo da ARTV.

O ‘dossier’ pode ser consultado na página do parlamento na Internet, tem um mapa comparativo dos quatro projetos (PAN, BE, PS e PEV) e uma explicação, em formato perguntas e respostas, sobre o que cada partido propõe.

Quatros projetos de lei para despenalizar e regular a morte medicamente assistida em Portugal apresentados por PS, BE, PEV e PAN vão a debate e deverão ir a votação, na generalidade, na terça-feira, na Assembleia da República.

Nas bancadas do PSD e do PS, que no total somam 175 dos 230 deputados, haverá liberdade de voto, tornando imprevisível o resultado, que dependerá muito dos “sim” na bancada social-democrata e dos desalinhados do “não” no grupo parlamentar socialista.

Outros fatores a ter em conta são deputados indecisos, as abstenções e os parlamentares que faltarem na terça-feira.