“Ele [Putin] quer que Donald Trump vença as eleições, em grande parte devido ao romance que temos assistido entre os dois”, disse Morell, em entrevista à CNN.
Descrevendo-o de “marginal” e de “bully”, Morell disse acreditar que Putin está por detrás do ataque de pirataria informática que vazou os e-mails do Comité Nacional Democrata, baseando-se noutras situações em que o presidente russo já havia utilizada a mesma tática nos países da europa do leste.
As declarações feitas por Trump, em que este apoia os métodos de liderança de Putin e assertivamente concorda com a decisão de não ceder a região da Crimea, demonstram, para Morell, que Putin já conseguiu com que Trump caísse nas suas graças.
“Putin não acredita que Hillary Clinton seja branda com a Rússia. Ele acredita que ela será severa”, disse Morell.
Durante a entrevista o ex-diretor da CIA diz não acreditar que, mesmo com tudo isto, o resultado final nas urnas, em novembro, seja afetado.
Esta já não é a primeira vez que Morell ataca Trump e o apoio deste a Putin. Na sexta-feira, dia 9, numa carta aberta publicada no The Washington Post juntamente com o ex-subsecretário da Defesa de Inteligência, Mike Vickeers, os dois apoiantes de Hillary Clinton criticaram os comentários de Trump a favor de Putin.
“Senhor Trump, com todo o respeito”, começaram por escrever. “Não podes, de forma credível, servir como presidente se apoiares o presidente russo Vladimir Putin”, disseram.
Na que resta da carta, Morell e Mike Vickeers lançam uma série de questões a Trump sobre vários temas em que os autores consideram que o presidente russo devia de ser questionado e não apoiado, tais como a invasão à Georgia e à Ucrânia ou ainda o apoio militar dado aos rebeldes que levaram à queda do avião da Malaysia Airlines, que resultou na morte de 298 civis.
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