
De acordo com a informação avançada pela TSF esta quarta-feira, uma operação policial realizada em Lisboa culminou na detenção do ex-líder da Juventude Leonina, Fernando Mendes. A operação terá tido início às 22h00 e além de Fernando Mendes foram detidas outras três pessoas. Segundo a TSF, as detenções decorrem das agressões aos jogadores e à equipa técnica do Sporting na Academia do Sporting, em Alcochete. A mesma notícia dava conta que outro dos detidos é o condutor do BMW que entrou e saiu da Academia, com autorização, no dia das agressões. Estas informações acabaram por se confirmar esta quinta-feira.
De acordo com a PGDL, no decurso das investigações, os quatro detidos foram constituídos arguidos “por existirem fortes indícios de comparticipação” na invasão e agressões ocorridas na Academia do Sporting Clube de Portugal, a 15 de maio.
De acordo com fonte policial consultada pela Lusa, os quatro detidos são o ex-líder da Juve Leo (Juventude Leonina) Fernando Mendes e o condutor e ocupantes da viatura que no dia das agressões entrou nas instalações da Academia do Sporting em Alcochete e retirou alguns dos alegados agressores.
Na nota que publicou na sua página da Internet, a PDGL diz que os factos em causa são “suscetíveis de integrar a prática dos crimes de introdução de lugar vedado ao público, ameaça agravada, ofensa à integridade física qualificada, sequestro, dano com violência, detenção de arma proibida agravada, incêndio florestal, resistência e coação sobre funcionário e terrorismo”.
Foram ainda emitidos quatro mandados de busca domiciliária e um de não domiciliária, que, segundo fonte policial, abrangeram as residências dos detidos e a sede da Juve Leo.
Os quatro detidos serão presentes ao juiz de instrução criminal do Barreiro para aplicação de medida de coação adequada.
A investigação prossegue e é dirigida pelo Ministério Público do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa/sede, com a coadjuvação da PSP e da GNR-Unidade de Investigação.
A 15 de maio, antes daquele que seria o primeiro treino para a final da Taça de Portugal, a equipa de futebol do Sporting foi atacada, na academia do clube, por um grupo de cerca de 50 pessoas encapuzadas, que agrediram técnicos e jogadores.
Num comunicado publicado na sua página do Facebook a 16 de maio, dia seguinte às agressões em Alcochete, a Juventude Leonina afirmou não se rever nos atos praticados na Academia de Alcochete,.
“A Juventude Leonina lamenta profundamente o ocorrido e não se pode rever nos atos praticados contra o Sporting Clube de Portugal”, escreveu a organização, recordando que é a claque mais antiga de Portugal e tem mais de 7.000 sócios.
A GNR deteve 23 dos atacantes, que ficaram em prisão preventiva, após interrogatório judicial no Tribunal do Barreiro. A 20 de maio, o Ministério Público pediu a prisão preventiva de todos os arguidos invocando “perigo de fuga, perigo de perturbação do decurso do inquérito”, “perigo da continuação de atividade criminosa” e “perturbação da ordem pública”.
(Notícia atualizada às 11h18 de 7/06/2018)
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