Durante um comício em Islamabad, que reuniu milhares de pessoas, Khan acusou a polícia de matar cinco apoiantes em todo o país, em confrontos registados na quarta-feira, na primeira tentativa de iniciar uma marcha.
A marcha começou na cidade de Peshawar, capital da província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste do país, liderada pelo partido que apoia Khan, mas os confrontos tiveram início em Lahore, no leste.
As forças de segurança dispararam granadas de gás lacrimogéneo e repeliu centenas de manifestantes, que atiraram pedras enquanto tentavam passar por uma ponte bloqueada, perto da cidade, para embarcar em autocarros com destino a Islamabad.
Na capital, dezenas de apoiantes de Khan também entraram em confronto com a polícia, tendo ateado fogo a arbustos ao longo de uma das principais avenidas da cidade. Violência também foi registada em outros locais, como em Carachi (sul), onde manifestantes queimaram um veículo da polícia.
Pelo menos uma dúzia de manifestantes e vários agentes policiais ficaram feridos. Antes da marcha de quarta-feira, as autoridades usaram dezenas de contentores e camiões para bloquear as principais estradas que ligam a Islamabad.
Khan viajou de helicóptero para uma autoestrada, a cerca de 100 quilómetros a noroeste de Islamabad, onde condenou a repressão policial e pediu aos apoiantes que se juntassem à marcha.
O governo respondeu na quarta-feira com a prisão de mais de 1.700 apoiantes de Khan.
Desde que foi removido da liderança do Paquistão por uma moção de censura, a 10 de abril, Khan tem tentado mobilizar as pessoas para aumentar a pressão sobre o atual governo de coligação e conseguir antecipar as legislativas.
O governo do primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, acusou Khan de querer espalhar o “caos e a anarquia” no país.
Khan foi eleito em 2018, denunciando a corrupção simbolizada pela Liga Muçulmana paquistanesa de Sharif (PML-N) e pelo Partido Popular do Paquistão (PPP), dois partidos rivais de longa data que dominam a vida política do país há décadas.
Mas uma economia em ruínas, com estagnação do crescimento nos últimos três anos, elevada inflação e dívida pública pesada, custou-lhe o cargo, trazendo de volta ao poder o PML-N e o PPP, num governo de coligação
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