As provas e os exames nacionais vão progressivamente passar a ser feitos em formato digital. De acordo com o Jornal de Notícias, o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) refere um investimento de 12 milhões de euros para a mudança gradual da avaliação externa até ao fim de 2025. No total, está prevista a atribuição de uma verba de 559 milhões para a inovação pedagógica e desenvolvimento das competências em tecnologias digitais.
O objetivo é "adotar processos desmaterializados de elaboração, distribuição, aplicação, realização e classificação das provas de avaliação interna e externa no âmbito da atividade do Instituto de Avaliação Educativa", refere o plano, citado pela publicação.
Este ano, o diagnóstico feito a alunos do 3.º, 6.º e 9.º ano para avaliar o impacto do ensino à distância já foi feito de forma digital.
O Governo pretende assim reverter as baixas médias de literacia digital ou de especialistas em tecnologias de informação e comunicação (TIC) e recorrer ao PRR para melhorar as infraestruturas e equipamentos das escolas, além de generalizar os recursos pedagógicos digitais.
A execução requer o "aprofundamento" do currículo das TIC no Básico, assim como a "integração de áreas de competências digitais" nas matrizes do Básico e do Secundário. De acordo com o JN, o Ministério da Educação explicou que a revisão já começou com o alargamento das TIC ao 2.º ciclo.
Além da promessa de universalização do acesso à Internet e computadores para todos os alunos e professores da escolaridade obrigatória (450 mil já foram entregues), há outros projetos em vista como a cobertura de wi-fi em todos os espaços escolares - cujo reforço das redes locais e equipamentos deverá ter um custo de quase 25 mil euros por escola, num total de 110 milhões de euros.
Outro objetivo é a disponibilização de um projetor em cada sala de aula das escolas públicas do país até ao fim de 2023 e, segundo o plano, aos 30 mil já existentes, juntar-se-ão mais 40 mil - um investimento de 27 milhões de euros.
Entre outros objetivos, está ainda previsto no plano a criação de uma biblioteca digital para repositório de "ebooks" e a produção de recursos educativos digitais para cada uma das 330 disciplinas das matrizes curriculares do Básico e Secundário - um investimento total de 80 milhões de euros.
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