O Comando Central do exército dos Estados Unidos (Centcom), responsável pelo Médio Oriente, disse que “começou a entregar ajuda humanitária em terra, em Gaza”, no sábado, por volta das 10:30 (07:30 em Lisboa).

“Um total de cerca de 492 toneladas de ajuda humanitária essencial foi entregue ao povo de Gaza”, anunciou o Centcom, na rede social X (antigo Twitter), na noite de sábado.

O comando tinha anunciado na sexta-feira que a estrutura, que estava desativada desde o final de maio, devido a uma tempestade que danificou o pontão que liga o cais à praia, já estava operacional.

No sábado, o exército de Israel disse que estava a tomar “medidas de segurança” na costa da Faixa de Gaza para que o cais voltasse a ser ativado.

“As Forças de Defesa de Israel estão a levar a cabo medidas de segurança na costa de Gaza para que o cais dos EUA esteja pronto para continuar a entrega de ajuda humanitária ao povo de Gaza”, disseram, num comunicado.

Principal apoiante militar de Israel, Washington instalou o cais em meados de maio, face às restrições impostas por Israel à entrega terrestre de ajuda ao território palestiniano, devastado por oito meses de guerra.

De acordo com as Nações Unidas, quase todos os 2,4 milhões de residentes da Faixa de Gaza foram deslocados devido a combates e bombardeamentos e sofrem de insegurança alimentar, com o risco de fome em grande escala.

A guerra foi desencadeada pelo ataque no sul de Israel por comandos do Hamas infiltrados a partir do território palestiniano em 07 de outubro, que resultou na morte de 1.194 pessoas, a maioria civis mortos naquele dia, de acordo com uma contagem da agência de notícias France-Press feita a partir de dados oficiais israelitas.

Em resposta ao ataque, o exército israelita lançou uma ofensiva em Gaza, onde o movimento islamita palestiniano Hamas, classificado como “organização terrorista” por Israel, União Europeia e Estados Unidos, assumiu o poder em 2007.

Pelo menos 36.801 palestinianos, principalmente civis, foram mortos e calcula-se que os corpos de dez mil ainda permaneçam soterrados nos escombros, de acordo com dados do Ministério da Saúde do governo de Gaza, liderado pelo Hamas.

VQ (JCR) // VQ

Lusa/Fim