“Ahed Tamimi, suspeita de incitamento à violência e de atividades terroristas, foi detida na cidade de Nabi Saleh. Tamimi foi transferida para a custódia das forças de segurança israelitas para ser interrogada”, declarou um porta-voz do exército à agência de notícias France-Presse (AFP).

A ativista foi detida durante uma operação do exército israelita “destinada a deter indivíduos suspeitos de estarem envolvidos em atividades terroristas e de incitamento ao ódio” no norte da Cisjordânia ocupada, acrescentou a mesma fonte.

Ahed Tamimi tornou-se famosa aos 14 anos, após ser filmada a morder um soldado israelita para o impedir de deter o irmão mais novo, imobilizado no chão, com o braço engessado.

Desde então, tornou-se um ícone mundial da causa palestiniana e é considerada pelos palestinianos como um exemplo de coragem face à repressão israelita nos territórios palestinianos ocupados.

Um retrato gigante de Tamini foi pintado no muro de separação israelita na Cisjordânia ocupada, no setor de Belém.

Foi detida em 2017, durante oito meses, por ter esbofeteado dois soldados israelitas no pequeno pátio da casa da família em Nabi Saleh, na Cisjordânia ocupada, pedindo-lhes que se fossem embora.

Desde o início da guerra desencadeada a 7 de outubro pelo mortífero ataque a Israel lançado pelo movimento islamita Hamas, no poder na Faixa de Gaza, as forças de segurança israelitas procederam a detenções maciças de palestinianos suspeitos de violência, de incitamento à violência ou de serem membros do Hamas.

Cerca de 150 palestinianos foram mortos na Cisjordânia ocupada por disparos de soldados israelitas ou de colonos, de acordo com o Ministério da Saúde palestiniano.