“Vamos intensificar os nossos esforços para o encontrar, atacá-lo e assegurar que eles (os dirigentes do Hamas) terão mais uma vez de substituir o líder do gabinete político” da organização classificada como terrorista por Israel, declarou Halevi.
Sinuar, dirigente do Hamas na Faixa de Gaza há sete anos, foi na terça-feira nomeado líder do movimento islamita, sucedendo a Ismail Hanyieh, assassinado na semana passada em Teerão, num ataque imputado a Israel.
Discursando perante os pilotos de caças da Força Aérea, Halevi gracejou com a mudança de cargo de Sinuar.
“O [novo] cargo político não altera nada em relação ao facto de se tratar de um assassino responsável pelo planeamento e execução do que se passou a 07 de outubro, pelo que esta mudança de título não só não nos impede de o procurar, como nos estimula”, afirmou.
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, já na terça-feira à noite tinha declarado que Yahya Sinuar tinha de ser “rapidamente eliminado”.
O Exército e as autoridades israelitas acusam Yahya Sinuar de ser um dos mentores do ataque sem precedentes do Hamas a Israel, a 07 de outubro de 2023, o que faz dele um dos homens mais procurados de Israel.
Nesse dia, elementos de milícias do Hamas infiltraram-se no sul do território israelita e mataram 1.194 pessoas, na maioria civis, e horas depois Israel declarou uma guerra na Faixa de Gaza para “erradicar” o movimento islamita palestiniano.
Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) fez também nesse dia 251 reféns, 111 dos quais permanecem em cativeiro e 41 morreram entretanto, segundo o mais recente balanço do Exército israelita.
A guerra, que hoje entrou no 306.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza pelo menos 39.677 mortos e 91.645 feridos, além de cerca de 10.000 desaparecidos, na maioria civis, presumivelmente soterrados nos escombros após dez meses de guerra, de acordo com números atualizados das autoridades locais.
O conflito causou também mais de dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa “situação de fome catastrófica” que está a fazer vítimas – “o número mais elevado alguma vez registado” pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.
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