Um comunicado militar afirma que uma operação conjunta dos serviços de inteligência de Israel em Jabaliya, no norte do território, permitiu recuperar durante a noite os corpos do israelita-brasileiro Michel Nisenbaum, do franco-mexicano Orión Hernández Radoux e do israelita Hanan Yablonka

Os três reféns morreram durante o ataque do grupo islamista palestiniano Hamas no sul de Israel em 7 de outubro, que desencadeou a guerra, e foram levados para Gaza, informou o Exército.

Após os exames de identificação forense, as famílias foram notificadas, segundo o Exército.

Yablonka, 42 anos, e Hernández Radoux, 32, estavam no festival de música Nova, celebrado ao ar livre a poucos quilómetros da fronteira com o território palestiniano.

Nisenbaum, um morador de 59 anos da cidade israelita de Sderot, perto de Gaza, foi contactado pela última vez em 7 de outubro, quando seguia para a base militar na fronteira para procurar a sua neta.

Michel Nisenbaum, divorciado e pai de duas filhas, nasceu em Niterói, estado do Rio de Janeiro, e mudou-se para Israel quando tinha 12 anos.

"Ao lado do povo israelita, a minha mulher Sara e eu inclinamos a cabeça com profunda dor e abraçamos as famílias em luto neste momento difícil", declarou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que enfrenta uma crescente pressão interna para conseguir a libertação dos reféns que permanecem em cativeiro no território palestiniano.

O presidente francês, Emmanuel Macron, expressou nesta sexta-feira na rede social X a "imensa tristeza" pela morte do refém franco-mexicano Orión Hernández Radoux.

"A França está mais comprometida do que nunca com a libertação de todos os reféns", acrescentou.

Numa entrevista à AFP em janeiro, a mãe do refém, a francesa Marie-Pascale Radoux, pediu ao Hamas que cuidasse do filho "porque ele era fisicamente frágil".

Yablonka, fã de desporto e música, também tinha dois filhos, segundo a sua irmã Avivit, que na terça-feira declarou à AFP que temia "más notícias" após o anúncio da repatriação de vários corpos de reféns.

Estima-se que existam agora 121 reféns no território palestiniano, dos quais 37 morreram, segundo o Exército israelita.