Depois do estado de Victoria é a vez de Nova Gales do Sul banir símbolos nazis nas ruas. Quem os exibir deliberadamente arrisca-se a pena de prisão e a multa de 100 mil dólares australianos ( EUR 69 000).

A deliberação foi unanimemente aprovada pelo Parlamento de Nova Gales do Sul (NGS), na quinta-feira, e surge depois de um inquérito efetuado no início deste ano que recomenda a proibição da exibição pública de símbolos nazis numa tentativa de combater o crescente antissemitismo.

O responsável pelo Conselho Judaico de Deputados, Darren Bark, descreveu a aprovação da lei como um dia histórico para o estado de NGS. "Os símbolos nazis são uma porta de entrada para a violência e são usados como uma ferramenta de recrutamento por extremistas", disse citado pelo canal de televisão australiano, SBS. "Proibir a sua exibição é uma lei há muito esperada e muito necessária no estado. Os perpetradores serão finalmente responsabilizados".

Bark observou ainda que a legislação também tem sido "um divisor de águas no combate ao ódio online" e pediu às empresas de tecnologia que aumentem os esforços para remover imagens e símbolos associados ao nazismo.

O representante do partido trabalhista, Walt Secord, membro do comité parlamentar que examina a proibição de símbolos nazis e um ardente defensor do projeto de lei, disse que 31 incidentes de exibição da bandeira com a suástica foram relatados à polícia, em 2020.

Muitos membros do governo e da oposição na câmara alta contaram histórias pessoais das experiências vividas pelas suas famílias durante o Holocausto, enquanto outros alertaram para os perigos das tendências neonazis que são crescentes.

Secord referiu-se a um homem que foi preso pela polícia antiterrorismo, em setembro, e que estava na posse de uma bandeira nazi e de um mapa do estado de Nova Gales do Sul na parede do quarto com planos para fazer uma arma impressa em 3D.

Por sua vez, os serviços de inteligência australianos (ASIO, na sigla em Inglês) reportaram que o extremismo violento de extrema-direita, com a sua ênfase na ideologia neonazi, representava em 2020 cerca de 40% dos casos que investigam como contraterrorismo.

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