“Atentos ao agravamento da situação decorrente dos incêndios e ao aumento dos custos de contexto, a Plataforma P’la Reposição das SCUTs no Interior vem solicitar que, no âmbito da declaração do estado de calamidade, o governo adote de imediato a medida de suspensão do pagamento das portagens nestas vias, medida que mereceu o compromisso e atenção da secretária de Estado do Turismo, e que, no Orçamento de Estado para 2023, aprove e implemente a eliminação completa do pagamento de portagens na A23, A24 e A25”, refere a organização.
Em comunicado, a Plataforma salientou que, recentemente, a região, em particular a serra da Estrela, foi “forte e dramaticamente fustigada por incêndios que causaram danos ambientais, económicos e sociais, cuja dimensão e gravidade justificou a declaração do estado de calamidade” por parte do Governo.
Lembram ainda que o património natural e ambiental foi amputado e a atividade económica sofreu danos que vão muito além dos impactos imediatos, uma vez que se irão repercutir por muito tempo na vida dos produtores agrícolas e florestais, na pastorícia e na produção de queijo, na atividade artesanal e turística.
A Plataforma P’la Reposição das SCUT sublinhou que, desde a pandemia de covid-19, vem exigindo a suspensão do pagamento de portagens no Interior (A23, A24 e A25) e reafirmou essa exigência, desde o início deste ano, devido ao “aumento desmesurado” do preço dos combustíveis, da energia, do gás e dos bens de primeira necessidade.
Tudo isto “associado ao custo das portagens e de outras taxas e impostos, torna incomportáveis as deslocações do Interior para o Litoral e vice-versa, debilitando, ainda mais, a economia do Interior, agravando os indicadores demográficos de envelhecimento da população, de despovoamento com a emigração dos mais jovens, em especial os mais qualificados, e da diminuição da capacidade competitiva do Interior numa economia globalizada”.
Entretanto, também hoje, a Plataforma lançou um manifesto sob o lema “Juntos Reclamamos a Reposição das SCUTs no Interior (A23, A24 e A25)”, que vai circular junto da população em geral, autarquias, instituições e outras entidades para recolha de assinaturas.
O documento tem como objetivo, perante o Governo e a Assembleia da República, reclamar a reposição das SCUTs no Interior, através da eliminação das portagens na A23, A24 e A25.
A Plataforma P'la Reposição das SCUT nas autoestradas A23 e A25 integra sete entidades dos distritos de Castelo Branco e da Guarda – a Associação Empresarial da Beira Baixa, a União de Sindicatos de Castelo Branco, a Comissão de Utentes Contra as Portagens na A23, o Movimento de Empresários pela Subsistência pelo Interior, a Associação Empresarial da Região da Guarda, a Comissão de Utentes da A25 e a União de Sindicatos da Guarda.
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