De acordo com aquela escola superior pública de arquitetura, a mostra será apresentada entre 29 de março e 11 de maio, com entrada livre, na ENSA Paris-Val de Seine e na ENSA Paris-Belleville.
A exposição, que percorre trinta anos de trabalho do arquiteto, com uma marca forte na capital, tinha contabilizado, em julho do ano passado, 80 mil visitantes, desde a inauguração, em Lisboa, em 2015, segundo a organização.
Em Paris, a mostra é apresentada numa parceria entre a ENSA-Val de Seine e Paris-Belleville, desvendando uma seleção de projetos, concretizados ou desenhados, e uma visão de Carrilho da Graça para aquele território.
Depois de ter sido inaugurada no Centro Cultural de Belém, na capital portuguesa, em 2015, a exposição iniciou uma itinerância que passou pela Colômbia, Brasil, Espanha e Uruguai, e que também já esteve em Tomar.
Com curadoria de Marta Sequeira e Susana Rato, “Carrilho da Graça: Lisboa” foi apresentada, além do CCB, no Museo de Arquitectura Leopoldo Rother, em Bogotá, no Museu da Casa Brasileira, em São Paulo, no Museo Marítimo de Barcelona, e em dois espaços da capital do Uruguai, o Centro de Exposições e a Faculdade de Arquitetura, Desenho e Urbanisno, da Universidade da República (Udelar).
A exposição de projetos de Carrilho da Graça não é tanto dedicada à obra do arquiteto, mas sim à visão de Lisboa, cidade onde trabalha há mais de 30 anos.
Nascido em Portalegre, João Carrilho da Graça, de 63 anos, galardoado com o Prémio Pessoa em 2008, é autor, entre outros projetos, da Escola Superior de Comunicação Social, concluída em 1993, galardoada com o Prémio Secil no ano seguinte, do Museu do Oriente, da musealização arqueológica da Praça Nova do Castelo de São Jorge e da Escola de Música da Escola Politécnica, entre outros projetos.
O arquiteto licenciou-se na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, em 1977, ano em que iniciou a sua atividade profissional.
Foi por várias vezes nomeado para o prémio europeu de arquitetura Mies van der Rohe (1990, 1992, 1994, 1996, 2009, 2011, 2013), distinguido com o Prémio Valmor pelo Pavilhão do Conhecimento dos Mares (1998) e pela Escola Superior de Música de Lisboa (2008).
Ao conjunto da sua obra foram atribuídos diversos prémios, nomeadamente o Prémio da Associação Internacional dos Críticos de Arte (AICA), em 1992, a Ordem de Mérito da República Portuguesa (1999), o título de Chevalier des Arts et des Lettres da República Francesa (2010) e a Medalha da Académie d’Architecture de França (2012).
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