Philip Arps, de 44 anos, que já se tinha declarado culpado por duas acusações de distribuição do vídeo, foi detido em Christchurch quatro dias depois do ataque.

De acordo com o Tribunal Distrital de Christchurch, o homem distribuiu as imagens dos assassinatos para cerca de 30 pessoas, segundo a imprensa local.

O juiz do Tribunal Distrital de Christchurch, Stephen O’Driscoll, disse que, quando questionado sobre o vídeo, Arps descreveu-o como “impressionante” e não demonstrou nenhuma empatia pelas vítimas.

O juiz sublinhou que o extremista demonstrou pontos de vista fortes sobre a comunidade muçulmana e, com efeito, cometeu um crime de ódio.

Segundo Stephen O’Driscoll, o homem de 44 anos comparou-se a Rudolf Hess, um líder nazi ao comando de Adolf Hitler.

“Na verdade, foi um crime de ódio contra a comunidade muçulmana”, disse o juiz, acrescentando que a partilha do vídeo foi “particularmente cruel”.

Brenton Tarrant, alegadamente responsável pela morte de 51 pessoas em Christchurch, transmitiu os assassínios em direto pela rede social Facebook, tendo o vídeo ficado disponível e a ser partilhado em outras redes sociais, como o Twitter e o YouTube, durante várias horas após o ataque.

No dia 13 de junho, Brenton Tarrant declarou-se não culpado, anunciou hoje o seu advogado.

No decurso de uma transmissão audiovisual desde a prisão de alta segurança de Auckland difundida no tribunal de Christchurch, o advogado Shane Tait declarou que o seu cliente se declara “não culpado de todas as atas de acusação”, enquanto Tarrant permanecia sentado e silencioso.

Em 21 de maio, a polícia neozelandesa acusou de terrorismo Brenton Tarrant. As autoridades avançaram também com mais uma acusação de homicídio. No total, o australiano enfrenta 51 acusações por homicídio e 40 por tentativa de homícido.

No dia 15 de março, 51 pessoas perderam a vida e várias dezenas ficaram feridas num ataque indiscriminado contra muçulmanos que se encontravam em duas mesquitas em Christchurch, antes da oração do meio-dia.

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