André Costa, presidente da Assembleia Geral de Estudantes, que tem estado ligado à contestação da extinção dos dois cursos, disse à Lusa que os alunos não se conformam com a extinção da licenciatura de Ergonomia e que vão pedir reuniões aos grupos parlamentares para expor a situação.

O estudante admitiu que a decisão saída hoje do Conselho de Escola foi uma “meia vitória”, mas adiantou: “Houve um processo contra a vontade dos estudantes e contra uma petição com mais de 4.000 assinaturas. O Conselho de Escola não quis saber”.

A Lusa tentou contactar com os órgãos dirigentes da FMH mas não foi possível. No entanto, segundo André Costa, na reunião de hoje do Conselho ficou decidido manter o curso de Dança, mas redefinindo a estratégia, “para resolver problemas que levaram a que o curso não fosse rentável”.

Quanto ao curso de Ergonomia foi decidida a extinção na FMH e a transferência para a Faculdade de Arquitetura, embora não haja a certeza dessa transferência, segundo o responsável.

“Vamos continuar o movimento, não aceitamos esta decisão”, disse André Costa, explicando que vai ser convocada na próxima semana uma reunião de alunos para “desenhar estratégias”.

A situação na FMH, como noutras universidades, salientou, deve-se “ao grande desinvestimento no Ensino Superior, que tem conduzido as faculdades a políticas de sobrevivência”.

E o curso de Ergonomia, afiançou, tem uma empregabilidade de 100 por cento.

O movimento de estudantes da FMH já tinha feito um protesto na segunda-feira na defesa dos dois cursos.

Catarina Canelas, que faz parte desse movimento, admitiu em declarações à Lusa que questões práticas do funcionamento dos dois cursos, como o elevado rácio de professores por aluno, os tornem caros em comparação com outros. São 20 as vagas anuais para Dança e Ergonomia.