Segundo os indícios recolhidos e hoje divulgados pela hoje pela Procuradoria Regional do Porto, no período entre março de 2017 e julho de 2018, em três ocasiões distintas, o arguido pôs em prática um plano para conseguir a sua contratação laboral em empresas públicas e privadas e numa autarquia local, sem que reunisse requisitos para o efeito, de forma a obter para si um enriquecimento de valor sempre superior a 5.100 euros.
O estratagema passou, conforme apurou o Ministério Público, por elaborar um ‘curriculum vitae’ com dados falsos relativamente às suas habilitações académicas e experiência profissional.
Também utilizou endereços de correio eletrónico, por si criados, como se do ministro da Economia se tratasse.
Mais ainda: o arguido, “ou alguém a seu mando”, fazendo-se passar pelo próprio ministro, contactou telefonicamente decisores das entidades onde queria emprego, “aos quais apresentou o candidato a emprego como sendo um familiar do senhor primeiro-ministro, enviando-lhes em seguida o referido ‘curriculum’”.
Ao contrário do pretendido, o arguido não obteve qualquer resposta das entidades públicas contactas e, ao invés, acabou denunciado às autoridades por um presidente de Câmara.
A Procuradoria-Geral Regional do Porto, que divulga hoje a acusação na sua página de Internet, não adianta de que presidente de Câmara se trata.
No caso de um empresa privada, “acabou por não comparecer” para “assinar o contrato e iniciar funções”.
O homem está acusado por falsidade informática e burla qualificada na forma tentada.
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