“Por diminuição do número de médicos, o Hospital de São João vai deixar de fazer ecografias do 2.º trimestre às grávidas seguidas e referenciadas pelos centros de saúde”, referiu o sindicato, em comunicado.
O sindicato adiantou ainda que a suspensão da realização de ecografias foi comunicada pelo conselho de administração do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) à Administração Regional de Saúde do Norte e justificada com a redução significativa do número de médicos do Centro de Diagnóstico Pré-Natal do hospital.
“Informação interna do Hospital de São João esclarece que o setor de Diagnóstico Pré-natal tem uma diminuição de profissionais por diversos motivos, incluindo rescisão de contrato, acrescentando ainda que os médicos que saíram por reforma ou rescisão não foram substituídos e a contratação de novos elementos tem sido um processo demorado e desmotivante", acrescentou.
O Sindicato Independente dos Médicos diz ainda que na mesma informação interna pode ler-se que "em face destes factos houve uma diminuição de sete turnos semanais para ecografias, o que equivale a cerca 50 ecografias por semana, pelo que não podemos assegurar o mesmo número de exames que anteriormente".
Contactado pela Lusa, o hospital explicou que “devido a doença de alguns profissionais, de forma temporária, e articulado com os cuidados de saúde primários, existirá alguma limitação à realização de ecografias do 2.º trimestre às grávidas seguidas e referenciadas pelos centros de saúde, mantendo-se o rastreio ecográfico e bioquímico do 1.º trimestre, o mais relevante, tal como acontece na generalidade das instituições hospitalares do país”.
De qualquer forma, todos os casos referenciados com patologia ou com dúvidas clínicas, bem como as grávidas seguidas no hospital, terão sempre o acesso direto à ecografia do 2.º trimestre, ressalvou.
“Prevê-se que a curto prazo, em função do início de produção adicional efetuada pelos profissionais e pela recuperação de doença de outros, voltemos a realizar as ecografias do 2.º trimestre a todas as grávidas referenciadas, para além das do 1.º trimestre, o que é algo singular no país”, concluiu.
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