"Nunca tinha visto tanta polícia, nem sequer em Jerusalém", vincou Maria Morais, de 60 anos, que se desloca a Fátima "desde pequenina".
Na zona da Cova da Iria, a poucas horas da chegada do papa Francisco, nota-se a forte presença de militares da GNR, são feitas revistas "aleatórias", colocadas barreiras de cimento para controlar o acesso e, por vezes, vê-se um helicóptero a sobrevoar a cidade.
Maria Morais, que esteve presente na visita dos outros três papas ao Santuário de Fátima, sublinha que Francisco "é o papa da História" e que se justifica a forte presença policial.
“Ele não tem medo e nós também não. Nossa Senhora protege-nos", frisou, considerando que a polícia também contribui para o sentimento de segurança dos peregrinos.
O casal Mário e Paula, de Santa Maria da Feira, sente-se seguro e até se surpreendeu de não apanhar "mais trânsito" na chegada a Fátima.
Olinda Dias, peregrina de Viseu, conta que não pensa sequer na eventualidade de um ataque.
"Confio na segurança e Nossa Senhora protege-nos", vincou.
"Quem tem fé, não tem medo", responde Alberto Rebelo, que chegou hoje de manhã de Aveiro e que não se surpreendeu com a presença de "tanta polícia" em Fátima.
Já Maria Sousa, que nunca tinha visto um aparato policial tão grande, admite que há "sempre algum receio".
"Aqui na Cova da Iria há muita polícia e veem-se blocos e estradas fechadas", sublinhou Isaac Dinis, dos Açores, que, apesar de não ter receio "de ataques terroristas", refere que "o ladrão inova mais depressa do que a polícia".
O papa Francisco chega hoje à tarde a Portugal para uma visita apostólica ao Santuário de Fátima, no âmbito do Centenário das Aparições, e durante a qual canonizará os pastorinhos Jacinta e Francisco Marto.
Francisco é o quarto papa a visitar Portugal, depois de Paulo VI (1967), João Paulo II (1982, 1991 e 2000) e Bento XVI (2010).
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