Catarina Sena tinha 47 anos e faleceu vítima de doença prolongada. A subdiretora-Geral da Saúde ocupava o cargo desde 2008.
Numa publicação no site da Direção-Geral de Saúde, Graça Freitas destaca a "profissional de excelência" que "serviu o País com inteligência, lealdade, e profundo sentido do dever de bem servir".
A Diretora Geral de Saúde descreve Catarina Sena como "uma mulher luminosa, divertida e impaciente" que "pensava bem e agia bem".
"Catarina sabia muito, da profissão e da vida, era culta, curiosa e estudiosa, pensava bem, agia bem, com justiça e objetividade. Lia bem o mundo. Tinha pensamento estratégico e veia de fazedora, era pragmática e ambiciosa na vontade de fazer melhor. Era uma profissional brilhante e incansável, mesmo doente, foi sempre brilhante e incansável", nota.
Catarina Sena era Subdiretora-geral da Saúde desde 1 de fevereiro de 2008. Antes, foi adjunta do Ministro da Saúde, de março de 2005 a janeiro de 2008. Ao longo da sua carreira desempenhou vários cargos, entre quais a de administradora Hospitalar, no Hospital de Curry Cabral, responsável pelas áreas de Planeamento e Controlo de Gestão e Serviço de Gestão de Doentes, entre 1999 e 2001.
Leia na íntegra a mensagem de Graça Freitas:
Catarina Sena foi a nossa Subdiretora até hoje, dia da sua morte.
Era uma profissional de excelência, nas múltiplas e ricas funções que desempenhou, serviu o País com inteligência, lealdade, e profundo sentido do dever de bem servir e deixa os colaboradores da Direção-Geral da Saúde de luto profundo.
Era verdadeiramente extraordinária na inteligência rápida e certeira, pensava bem e agia bem. A Catarina era a ação e a energia, a resistência e a luta, qualidades, aliás, que se viam na passada larga, na impaciência criativa, no pensamento, nos cálculos, na escrita, nos projetos, nos planos e nos empreendimentos. Era uma força na nossa casa.
Mas era também a razão, lúcida, clara, transparente, depurada, exercida com grande subtileza, mas sem medo. Não tinha medo de pôr em prática as suas convicções fundamentadas na ciência, na experiência e no conhecimento, também das pessoas. Entusiasmava-se com o trabalho, gostava de empreender e concretizar.
E a Catarina sabia muito, da profissão e da vida, era culta, curiosa e estudiosa, pensava bem, agia bem, com justiça e objetividade. Lia bem o mundo. Tinha pensamento estratégico e veia de fazedora, era pragmática e ambiciosa na vontade de fazer melhor. Era uma profissional brilhante e incansável, mesmo doente, foi sempre brilhante e incansável.
Era uma mulher luminosa, divertida e impaciente, cultivou uma família alargada e coesa e amou os seus amigos, com eles unida até hoje.
Fazia parte da sua matriz, ser solidária. Mesmo às vezes, quando agia de forma mais seca e despachada, notava-se uma atitude sensível, demonstrada nos grandes e nos pequenos momentos. Marcou a sua vida profissional por uma elevação ímpar, mesmo durante o período de doença.
Levou a vida a dizer mal dos gatos e no fim foi adotada por um, de quem se tornou cúmplice.
Ofereceu-me uma oliveira, chorou comigo e por mim, trabalhou comigo, ajudou-me muito, mas muito, uma companheira perfeita. Fazes-me uma falta incalculável. Espero ter estado à tua altura.
Comigo, choram os seus amigos e os seus colaboradores da DGS, da sua DGS, da nossa DGS, de luto vestida, em perda e em gratidão pelo que a Catarina foi para nós.
À Mãe, ao Bruno, ao João, à Carolina, à São, à família e aos amigos o nosso pesar.
Graça Freitas
Diretora-Geral da Saúde
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