Após uma reunião com representantes dos ministérios das Finanças e da Saúde, a FENSE avisou que, sem uma resposta à proposta de acordo coletivo de trabalho apresentada pelos enfermeiros, estes entrarão em greve, explicou aos jornalistas o presidente do Sindicato dos Enfermeiros, José Correia Azevedo.
A FENSE está a negociar há um ano, com o Governo, uma carreira especial de enfermagem, mas segundo o sindicalista ainda não saíram sequer da primeira cláusula. “Andamos a discutir a forma e o conteúdo” e a “paciência esgotou-se”, disse José Correia Azevedo.
O acordo coletivo de trabalho que a FENSE quer negociar prende-se com “lacunas” na carreira de enfermagem e consiste essencialmente na reintrodução da carreira de enfermeiro especialista, explicou o responsável.
“Queremos nos serviços de chefia enfermeiros diretores e queremos que os enfermeiros tenham uma carreira com escalões e uma tabela salarial decente”, explicou, garantindo que com essas mudanças “os serviços irão funcionar melhor do que agora”.
José Correia Azevedo lamentou que possivelmente tenha de recorrer à greve e disse que, quase um ano depois sem qualquer resultado, os sindicatos não podem ser acusados de não terem sido pacientes.
A FENSE, disse também, representa 10 mil dos pouco mais de 40 mil enfermeiros.
José Correia Azevedo tem dito que “o Estado deve aos Enfermeiros 13 anos, sete meses e 25 dias de congelamento, antes, durante a após ‘troika’” e que isso está na “mesa negocial”.
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