O evento editorial, considerado o maior da América Latina, juntou, segundo um balanço da organização, durante nove dias cerca de 750 escritores em centenas de atividades literárias, assim como em 20 homenagens e prémios, entre os quais se destaca o Prémio FIL de Literatura em língua latina atribuído à poetisa uruguaia Ida Vitale.

O primeiro-ministro português, António Costa, visita hoje o evento, estando prevista uma intervenção na cerimónia de encerramento.

De 24 de novembro a 2 de dezembro, a FIL foi palco da apresentação de 630 livros como a "Mulher de cabelo vermelho", do Prémio Nobel turco Orhan Pamuk, ou "Nenhum olhar", do português José Luís Peixoto.

Raúl Padilla, presidente da feira, revelou que em duas ocasiões o recinto esteve no limite da sua capacidade devido à elevada assistência de público e na maioria dos restantes dias esteve muito perto da afluência máxima.

Este ano, o comité organizador decidiu mudar algumas atividades para outros centros culturais, com a intenção de repartir a assistência e de melhorar o acesso dos visitantes.

Durante a venda noturna, em que algumas editoras ofereciam descontos, registou-se a visita de 28 mil pessoas.

O programa académico reuniu cerca de 13.500 assistentes e 450 intelectuais e cientistas, entre eles o Prémio Nobel da Química, o mexicano Mario Molina, e o Nobel da Física, o astrónomo norte-americano George F. Smott.

Durante a 32.ª edição, a FIL de Guadalajara inaugurou três novas seções literárias, entre elas os chamados "Livros a Gosto", dedicada a livros de gastronomia, assim como fórum "Escritores em roda", que reuniu oito novos narradores mexicanos, ou o "Encontro da novela negra", com a presença do cubano Leonardo Padura.

Na área de negócios participaram 150 empresas editoriais de 29 países, com 328 agentes literários que lograram assinar contratos e avançar em algumas negociações.

A segunda edição do salão da banda desenhada e da novela gráfica integrou-se na feira e teve a participação de 89 autores em redor de 37 exposições editoriais.

A FIL mexicana encerra hoje com um concerto do tenor espanhol Plácido Domingo, dirigida pela Orquestra Filarmónica de Jalisco, enquanto começa a preparar a edição de 2019, que terá como país convidado a Índia.