Margarida Kol Carvalho, diretora do Padrão dos Descobrimentos, disse esta sexta-feira à TSF, a propósito dos trabalhos de limpeza do monumento que foi vandalizado no domingo com um graffiti onde se podia ler, em inglês, "Velejando cegamente por dinheiro, a humanidade afunda-se num mar escarlate", não foi tão difícil quanto se antecipava.
"Felizmente, a tinta não tinha impregnado, e o trabalho foi mais fácil e mais rápido" do que o esperado, disse a diretora, relembrando que houve uma organização muito rápida de todos os envolvidos para que a intervenção fosse imediata.
A ação de limpeza do ‘graffiti’ começou ao início da tarde de segunda-feira, após peritagem no local pela PJ, e “foi concluída pouco depois da meia-noite, pelas 00:15”, informou a EGEAC.
“Esta operação teve um custo de 2.300 euros + IVA que será assegurado pela EGEAC [Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural]”, indicou a empresa municipal de Lisboa, sem dispor de informações sobre a investigação que está a ser desenvolvida pela Polícia Judiciária (PJ), ainda que já tenha sido identificada uma cidadã estrangeira como suspeita da autoria do 'graffiti' no Padrão dos Descobrimentos.
A ação de limpeza do ‘graffiti’ começou ao início da tarde de segunda-feira, após peritagem no local pela PJ, e “foi concluída pouco depois da meia-noite, pelas 00:15”, informou a EGEAC.
Questionada sobre a necessidade de instalar câmaras de videovigilância no Padrão dos Descobrimentos, a empresa municipal de Lisboa referiu que o monumento “tem sistema de videovigilância no interior” e “tem segurança, que faz rondas no exterior regularmente”.
Na segunda-feira, a Câmara Municipal de Lisboa informou, através de uma nota publicada no seu ‘site’, que o Padrão dos Descobrimentos, monumento localizado na freguesia lisboeta de Belém, que havia sido vandalizado no domingo, começou a ser limpo ao início da tarde, “após a conclusão das investigações no local pela Polícia Judiciária”.
Segundo a autarquia, que assumiu a limpeza do monumento, com um ‘graffiti’ de cerca de 20 metros, “todos os atos de vandalismo contra o património coletivo da cidade são inadmissíveis”.
Na segunda-feira, fonte da EGEAC afirmou que a autarquia já tinha contactado uma empresa especializada que deveria ter começado a remover a inscrição na manhã desse dia, o que não aconteceu devido a um contacto da PJ, que manifestou intenção de enviar uma equipa para investigar o local.
O Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, foi vandalizado no domingo com um ‘graffiti’ numa das laterais do monumento, com uma extensão de cerca de 20 metros e escrito em inglês, disse à Lusa a Polícia de Segurança Pública (PSP).
Na mensagem lê-se, em inglês, “Blindly sailing for monney [sic], humanity is drowning in a scarllet [sic] sea lia [sic]”, o que, numa tradução livre, pode ser lido em português como “Velejando cegamente por dinheiro, a humanidade afunda-se num mar escarlate”.
A ocorrência foi registada pela PSP cerca das 11:30 de domingo, tendo o facto sido comunicado à Câmara Municipal de Lisboa, que tutela o monumento.
O ‘graffiti’ foi feito por desconhecidos, não havendo qualquer suspeito identificado, disse na altura à Lusa o oficial de serviço da PSP.
Projetado pelo arquiteto Cottinelli Telmo, o Padrão dos Descobrimentos foi construído para a Exposição do Mundo Português, de 1940, mas foi refeito em betão armado e pedra rosal de Leiria, entre 1958 e 1960, tendo sido inaugurado em janeiro desse mesmo ano, no V Centenário da morte do Infante Dom Henrique.
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