A greve destina-se a todos os professores com horários completos, a quem foram, entretanto, atribuídas horas extraordinárias para compensar a falta de professores.
Segundo Mário Nogueira, o objetivo é permitir que os docentes nessa situação possam recusar o trabalho “nos momentos em que já não seja suportável” e “salvaguardar a sua sanidade em termos físicos e psicológicos”.
Na prática, a greve poderá afetar os alunos de turmas atribuídas a professores que já tinha o horário completo, uma opção que, segundo Mário Nogueira, foi tomada em várias escolas de forma a compensar os horários que não conseguiram ser preenchidos nem pelas reservas de recrutamento, nem pela contratação de escola.
A greve às horas extraordinárias junta-se à greve ao sobretrabalho, retomada há três semanas, que abrange o serviço que ultrapasse as 35 horas, incluindo reuniões gerais de docentes, reuniões de conselho pedagógico, conselho de departamento, grupo de recrutamento, conselho de docentes, conselho de turma, coordenação de diretores de turma, conselho de curso do ensino profissional e reuniões de secretariado de provas de aferição ou de exames.
A nova greve foi anunciada hoje numa conferência de imprensa em que a estrutura sindical fez um balanço do número de horários que continuam por preencher dois meses após o início do ano letivo e que, na terça-feira, ascendiam às 4.200 horas.
Segundo Vítor Godinho da Fenprof, que reuniu os dados, estes números traduzem-se em cerca de 964 turmas, entre 20 mil a 30 mil professores, que não têm ainda todos os professores e, por isso, continuam sem aulas a algumas disciplinas.
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