“Quero anunciar que o Governo, através do Ministério da Saúde, dirigiu ao professor doutor Fernando Araújo um convite para ser nomeado diretor executivo do SNS. E é também com satisfação que anunciou que o professor aceitou esse convite”, começou por dizer Manuel Pizarro.
Uma das primeiras medidas tomadas pelo novo CEO do SNS, que, contudo, só entrará em funções no próximo dia 1 de janeiro de 2023, foi a de propor que a sede da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde fosse localizada no Porto, algo que foi aceite pelo Governo. "Foi-nos proposto pelo senhor diretor executivo que a sede da nova instituição seja localizada no Porto e nós entendemos que essa é uma proposta consentânea com a intenção descentralizadora do Governo”, salientou o ministro.
Manuel Pizarro aproveitou também esta conferência para falar sobre o futuro da saúde em Portugal, garantindo meios para um novo Serviço Nacional de Saúde.
"Há recursos financeiros para o SNS funcionar de forma adequada, embora sejam sempre precisos mais", disse o ministro, que não deixou de falar sobre a polémica dos casos que têm envolvido grávidas.
“Portugal é um país seguro para as grávidas e para os seus filhos. É verdade que nos últimos meses temos tido problemas com algumas salas de parto, mas temos de perceber as medidas que temos de tomar para saber como é que, no futuro, Portugal pode continuar a ser seguro”, disse Pizarro.
Na hora de discursar, Fernando Araújo foi parco em palavras, mas mostrou-se empenhado no novo cargo. "Aceitei com um sentimento de dever na defesa do SNS, dos seus profissionais e dos utentes. Vamos aguardar agora pela nomeação oficial, para depois começarmos a preparar-nos para trabalhar ativamente na melhoria do desempenho do nosso SNS", referiu.
Refira-se que Fernando Araújo, médico pela Faculdade de Medicina do Porto e Presidente do Centro Hospitalar Universitário de São João, foi diretor do Serviço de Imuno-hemoterapia do Centro Hospitalar de São João e também secretário de Estado Adjunto e da Saúde, entre 2015 e 2018.
Este anúncio foi feito no dia em que foi publicado no Diário da República o diploma do Governo que regulamenta a direção executiva, a nova entidade prevista no novo Estatuto do SNS promulgado pelo Presidente da República no início de agosto.
A direção executiva do SNS, que entra em funções a 01 de outubro, vai coordenar toda a resposta assistencial do SNS, assegurando o seu funcionamento em rede, e passa a gerir também a rede nacional de cuidados continuados integrados e da rede de cuidados paliativos, até agora da responsabilidade das administrações regionais de saúde.
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