Lisboa, recebe, entre os dias 31 de outubro e 5 de novembro, a segunda etapa da Volvo Ocean Race. A regata de circum-navegação que arranca de Alicante a 23 de outubro e terminará em Haia, na Holanda, oito meses depois, a 30 de junho de 2018, tem 11 paragens distribuídas por 5 continentes, passando pela Cidade do Cabo (África do Sul), Hong-Kong e Guangzhou (China), Auckland (Nova Zelândia), Melbourne (Austrália) Itajaí (Brasil), Newport (EUA), Cardiff (País de Gales) e Gotemburgo (Suécia).

Para além da etapa da VOR, Lisboa, mais concretamente os antigos armazéns da Docapesca, na Doca de Pedrouços, servem por agora, de estaleiro para estes barcos topo de gama que estão a ser preparados para dar a volta ao mundo. Por estes dias, já passaram pelo “Botyard” (estaleiro) as equipas da Dongfeng, MAPFRE e 11th Hour Racing/Vestas. A conta-gotas, no processo de “refit” (melhoramento) na “fábrica” instalada em Pedrouços, seguir-se-á a equipa da AkzoNobel e as restantes (num total de oito) que vão participar na 13ª edição da Volvo Ocean Race (VOR) 2017-2018.

“A passagem da Volvo Ocean Race é um momento fascinante na cidade de Lisboa”, começou por afirmar Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, em entrevista ao Botyard da VOR. “Mas tão importante é esse momento como o que está a acontecer agora. Ou seja, estamos a ver tudo a acontecer a partir de Lisboa”, disse referindo-se ao “processo de renovação e melhoria dos barcos” que decorre nos armazéns da DocaPesca, na Doca de Pedrouços.

“O crescimento do número de empresas que aqui trabalham, o crescimento de engenheiros, de pessoas que aqui vivem e que especificamente se dedicam à corrida...é fascinante como a cidade está a ganhar um novo papel na VOR, na engenharia naval e um novo papel na nossa ligação ao mar”, acrescentou durante a visita que fez ao estaleiro.

Para além da ligação de Lisboa à competição em si, “temos uma nova oportunidade para a nossa indústria, para reforçar a presença de muitas e muitas empresas ligadas a engenharia naval”, reiterou Fernando Medina.

“Lisboa é hoje a casa onde os barcos são transformados como novos para as edições seguintes. Os barcos são verificados, ajustados e melhorados. Cada barco, a cada edição, é um barco novo, melhor, que incorpora as novas tecnologias naquela que é a competição mais moderna e mais avançada. Pedrouços, ser a casa, o estaleiro, é uma nova aventura fascinante e vamos ver onde nos levará ao longo dos próximos anos”, concluiu o presidente da câmara de Lisboa questionado sobre o que se espera daqui para a frente.