No âmbito do Congresso Internacional do Bicentenário da Revolução de 1820, adiado para 2021 pelas circunstâncias da Covid-19, a Assembleia da República realizou hoje uma sessão evocativa na qual Ferro Rodrigues, numa mensagem gravada em vídeo, destacou a responsabilidade “de todos” em invocar os valores iniciados pelos liberais há 200 anos.

“Enquanto presidente da Assembleia da República, instituição cujas raízes históricas remontam, precisamente, a este período, é minha responsabilidade evocar, invocar mesmo, os valores que representa a tradição constitucionalista. Uma responsabilidade que assumi com gosto e sentido de dever. Mas esta não é uma responsabilidade apenas minha: é de todas e de todos os Portugueses, é de todos nós, enquanto sociedade”, destacou, na mensagem divulgada esta manhã.

Ferro Rodrigues realçou ainda que, apesar das circunstâncias causadas pela pandemia da Covid-19, o parlamento português nunca parou de exercer as suas responsabilidades, adaptando-se.

“Desde o primeiro momento, e ao longo dos últimos meses, o Parlamento Português tem procurado responder às exigências da situação, exercendo cabalmente as suas competências (legislativa, de fiscalização dos atos do Governo e da administração, mas não só), e mantendo um leque muito considerável de atividades, naturalmente condicionadas às circunstâncias dos dias que correm”, apontou.

Na intervenção gravada, Ferro sublinhou que a Revolução Liberal abriu “caminho para a eleição do primeiro Parlamento Português – as Cortes Constituintes” cujos trabalhos resultaram na “aprovação da primeira Constituição, no dia 23 de setembro de 1822”.

“São datas, são figuras, são legados que a Assembleia da República, herdeira da tradição liberal cujo bicentenário agora celebramos, não podia deixar esquecidos.

Na sessão evocativa participaram também o presidente das Comemorações do Bicentenário do Constitucionalismo Português, Guilherme d’Oliveira Martins, e a presidente da Comissão Coordenadora do Congresso Internacional do Bicentenário da Revolução de 1820, Miriam Halpern Pereira.

A Revolução Liberal começou em 24 de agosto de 1820, no Porto, e deu origem à aprovação da primeira Constituição (1822) que pôs fim ao absolutismo em Portugal.

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