O município de Marvão, no distrito de Portalegre, divulga que o evento mantém a aposta num modelo de itinerância pelas aldeias e lugares históricos da raia luso-espanhola, "num esforço de descentralização cultural, tendo em vista a criação de novos públicos".

De acordo com os promotores do evento - Associação Cultural Periferias (Portugal) e Associação Gato Pardo (Espanha) - a programação tem o objetivo de privilegiar o "cinema independente de qualidade", com ênfase na área do documentário, nomeadamente aquele que se produz nos dois países ibéricos.

O objetivo, referem, é que o festival se possa afirmar como "um ponto de encontro e reflexão entre realizadores", abrindo portas a obras que aportem uma visão original sobre as temáticas dos direitos humanos, ambiente e cultura.

A par da mostra de filmes, tal como aconteceu nas edições anteriores, o festival engloba exposições, palestras e espetáculos musicais, constituindo-se como "um evento multidisciplinar de relevo no panorama cultural da região".

Os cenários escolhidos para realização das projeções destacam-se pelas suas "características únicas", incluindo uma antiga estação de comboios, as ruínas de uma cidade romana, uma ponte medieval sobre o Rio Sever e um lagar reconvertido em museu, além dos castelos da região.

Entre os habituais palcos do festival contam-se as localidades portuguesas de Marvão, Galegos, Portagem, Beirã e Santo António das Areias, no concelho de Marvão, e as espanholas de Valencia de Alcántara e Fontañera, na província de Cáceres.

A organização do evento conta com os apoios, no lado português, do município de Marvão, Direção Regional de Cultura e Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo e, do lado espanhol, da Filmoteca da Extremadura, Diputacion de Cáceres e Ayuntamiento de Valencia de Alcántara.