Uma exposição de 14 aguarelas de André Carrilho, espalhadas pelas 14 livrarias da vila, inaugurará oficialmente o Latitudes — Literatura e Viajantes cujo programa se desenvolve em torno dos capítulos “viagens por terra, céu e mar”, “viagens ilustradas”, “viagens escritas”, “viagens faladas”, “viagens à mesa” e “viagens às livrarias de viajantes”.
Por terra, céu e mar o programa faz-se de oficinas de escrita com Alexandre de Sousa e José Santos, em que os participantes aprenderão a calcular latitude e longitude através de mapas e compassos, e criarão poemas a partir dos nomes de vários locais.
Noutra oficina “A poesia voa de balão”, alunos das escolas de Óbidos vão contar a história do inventor Bartolomeu de Gusmão e ler poemas de um futuro livro colaborativo intitulado “O Padre Voador”.
Nas viagens ilustradas, o festival junta os Urban Sketchers e o Grupo do Risco, dois coletivos que se dedicam a desenhar o que observam, sendo os primeiros mais voltados para paisagens urbanas e os segundos para pintar a natureza.
Os Urban Sketchers trarão os coletivos de Portugal e de Espanha que, em Óbidos, apresentam os livros “Tanto Mar”, “Viagens na Via Algarviana” e “Portugal by Urban Sketchers”, entre outras obras sobre as quais falarão com os leitores.
Já o Grupo do Risco centrará as conversas em torno das obras “Expedição Ilha do Príncipe 2016″, Expedição Marrocos 2015, e Viagem à Costa do Marfim, de Mário Linhares e Ketta Cabral.
As viagens ilustradas far-se-ão ainda de um mapa musical em que João Guimarães apresenta as suas ilustrações de instrumentos musicais e da conversa com Luís Ançã e Luís Mascarenhas Gaivão sobre o livro “Angola Muxima e texto”.
Nas viagens escritas destaque para os lançamentos dos livros “Oi? 24 arrepios sobre o Brasil” de Luís Brito (Abysmo), “Portugal Saído das Sombras – Da Revolução de 1974 até ao Presente” de Neill Lochery (Editora Presença) e “Ninguém Sabe Onde Está — Crónicas 2000-2015″ de Luís Maio (Abysmo).
No que toca às viagens faladas, o festival propõe conversas entre os jornalistas Paulo Moura e Cândida Pinto ou com Rui Cardoso Martins, Altino Barradas, Isabel Lucas e Manuela Correia, sobre a obra “Se fosse fácil era para os outros”.
Em edição zero, o festival Latitudes abre portas, segundo Celeste Afonso, vereadora da Cultura da Câmara de Óbidos, com “orçamento zero e grande colaboração de todos os parceiros envolvidos” na edição do festival que deverá ter realização anual, no âmbito da programação de Óbidos Vila Literária, classificada pela UNESCO em dezembro de 2015.
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