A programação da 11.ª edição do festival Tremor, hoje apresentada em Ponta Delgada, inclui concertos, conversas, residências artísticas, caminhadas, exposições e laboratórios.
“No total, este ano, e sem contar com as residências e todos os projetos paralelos que existem, temos cerca de 41 artistas de todas as geografias possíveis e imaginárias. [A sua proveniência] vai do Japão à Colômbia, do Brasil ao Congo, artistas regionais, artistas nacionais”, disse Luís Banrezes, da organização.
Segundo o responsável, o evento cultural é “um festival de escolhas”, com atividades a realizar maioritariamente na cidade de Ponta Delgada, mas também em outros locais da ilha de São Miguel.
O programa do Tremor deste ano inclui quatro residências artísticas: Orquestra Modular Açoriana com o coletivo Marshstepper (EUA), Escola de Música de Rabo de Peixe com Sam the Kid e convidados, Som Sim Zero e Nick Colk Void + Maotik.
Na música, incluem-se concertos de Kate NV, La Flama, Lambrini Girls, Lavoisier, Rozi Plain, Saya, Azia, Cole Pulice, Colleen, DEAFKIDS, Deli Girls, Faizal Mostrixx, Glockenwise, Hetta, entre outros.
Também haverá oficinas sobre temas como reciclagem e sustentabilidade, música contemporânea e criação musical participativa, bem como exposições sobre a arte bonecreira e presépios de lapinha e de fotografias sobre os 10 anos do festival.
Entre outras iniciativas, o Tremor levará os festivaleiros à comunidade de Rabo de Peixe, no concelho da Ribeira Grande, onde os residentes abrem as suas portas e permitem “saborear o que têm para oferecer”.
O Tremor é um festival para públicos com idades dos “0 anos até aos 80”, salientou hoje a organização.
“E, por causa disso, é que nós também temos a rubrica Mini Tremor, mais dedicada às famílias […], como também temos concertos onde as pessoas podem ver concertos sentados, concertos em pé. Haverá concertos onde será mais experimental, menos experimental, mais dançável, menos dançável. Ou seja, o Tremor também é isto. Mexe muito com as emoções das pessoas”, justificou Luís Banrezes.
E prosseguiu: “É um festival de escolhas, as pessoas têm de fazer escolhas, têm de programar. É o mesmo que dizer que um casal pode estar no festival e pode assistir a um Tremor completamente diferente se escolher um programa também ele diferente, porque os concertos são todos encadeados e um pode querer ir a um lado e o outro pode querer ir a outro e, depois, ter experiências também completamente diferentes”.
De acordo com o responsável, o objetivo da organização é provocar “algum tipo de experiência na pessoa que vai assistir” às atividades programadas, por isso, “parte do festival não é divulgado”, embora passe pelos locais habituais e também inclua “concertos secretos e de ‘invasão’ na natureza e de exploração da própria ilha de São Miguel”.
No dia de hoje, o Festival Tremor já está esgotado, daí que a organização tenha apresentado, como novidade, um pacote de mais de 250 bilhetes, no âmbito do chamado passe de fim de semana.
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