Artem Viktorovich Dultsev e Anna Valerevna Dultseva faziam-se passar por um casal argentino que vivia na Eslovénia quando foram presos. Por isso, os três filhos cresceram a pensar que eram da Argentina e não da Rússia, conta a BBC.
Sofia, de 11 anos, e Gabriel, de oito, nasceram na Argentina e só souberam que eram russos quando o avião partiu de Ancara para o aeroporto de Vnukovo.
Quando regressaram ao seu país natal, na quinta-feira, não falavam uma palavra de russo e nem sabiam quem era o presidente Vladimir Putin, perguntando aos pais quem os cumprimentou à chegada, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
O porta-voz do Kremlin disse que é assim que os agentes secretos trabalham, "fazendo tais sacrifícios em nome do seu trabalho e da sua dedicação ao serviço".
Putin recebeu-os no aeroporto. "Buenas noches", disse o presidente russo aos filhos dos espiões, enquanto os cumprimentava em espanhol.
Conforme noticiado pela imprensa argentina, o casal era conhecido como María Mayer e Ludwig Gisch e chegou à Eslovénia com os seus passaportes argentinos em 2017.
Antes da troca de prisioneiros em grande escala, foram condenados a 19 meses de prisão cada um, depois de se terem declarado culpados de acusações de espionagem. Mas, devido às suas detenções em 2022, foram libertados com pena cumprida e obrigados a abandonar a Eslovénia.
Só esta quinta-feira, durante a troca de prisioneiros em grande escala entre a Rússia e o Ocidente, é que os espiões do Kremlin e os seus filhos foram devolvidos à Rússia.
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