Schinas foi hoje à fronteira que separa a Lituânia da Bielorrússia, que tem sido alvo de um grande número de entradas e tentativas de entrada na Europa por parte de migrantes ilegais.
“A situação aqui apresenta uma mensagem para nós, União Europeia: está na altura de avançarmos para uma estrutura europeia previsível e abrangente relativamente à política de migração”, afirmou Schinas aos jornalistas presentes no local.
“Este é o momento político para passar de uma operação de combate a um incêndio para uma operação de nova arquitetura”, acrescentou.
A Comissão Europeia propôs, em 2020, um pacto sobre migração e asilo de refugiados com o objetivo de desenvolver uma política comum relativamente a esta questão, mas as negociações foram interrompidas pela pandemia da covid-19.
A União Europeia (UE)está agora mais preocupada com o provável afluxo de migrantes provenientes do Afeganistão, dado que milhares de pessoas têm fugido daquele país desde que os talibãs tomaram o controlo, a 15 de agosto.
Na Lituânia, a migração ilegal ‘explodiu’ este ano, com o número de recém-chegados detetados na fronteira a ultrapassar as 4.100 pessoas, o que representa um aumento muito grande face às 81 registadas em todo o ano de 2020.
A UE acusa o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, de orquestrar o aumento de migrantes para a Europa — através da Lituânia, da Polónia e da Letónia — como retaliação pelas sanções impostas a Minsk na sequência da repressão que as autoridades têm imposto à oposição após as eleições presidenciais do ano passado, fortemente contestadas no país e consideradas ilegítimas pela comunidade internacional.
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