"O fogo continua desfavorável, embora as condições de combate sejam ligeiramente melhores do que durante a tarde, mas temos aqui uma situação muito complicada", disse o comandante do CDOS de Aveiro, José Bismarck.
Segundo o mesmo responsável, o fogo que se desenvolve em cinco frentes, "está fora de controlo".
"Penso que não vai ficar extinto esta noite. O vento leste é já muito forte, não houve a recuperação da humidade noturna e os meios aéreos também já deixaram de atuar", explicou José Bismarck.
Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Arouca, José Artur Neves, disse que as povoações de Albergaria da Serra e Mizarela "estão com algum risco", adiantando que, para já, não foi necessário evacuar as casas.
Além dos três palheiros que arderam na aldeia da Castanheira, José Artur Neves referiu que "não há nada de extraordinário no que respeita a casas próprias", mas realça, sobretudo, o "avultadíssimo o impacto negativo da paisagem".
"A serra está toda em chamas. Está tudo queimado. Nem sei como é que o gado vai comer", disse o autarca, que fala num cenário "dramático".
O fogo, que deflagrou cerca das 19:00 de sábado na freguesia de Rossas, está a ser combatido por 160 homens, auxiliados por 54 meios terrestres, segundo a página da internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), atualizada às 23:45.
Além deste incêndio, a ANPC identifica mais nove "ocorrências importantes", entre as quais um outro fogo no distrito de Aveiro, nomeadamente em Canedo, Santa Maria da Feira.
Este incêndio, que deflagrou às 13:30, está a ser combatido por 102 homens, auxiliados por 29 viaturas.
Por outro lado, os incêndios de Salreu, em Estarreja, e Arões, em Vale de Cambra, que chegaram a estar entre as "ocorrências importantes", designação atribuída a incêndios rurais "de duração superior a três horas e com mais de 15 meios de proteção e socorro envolvidos", encontram-se em resolução.
Ainda assim, estes dois incêndios estão a mobilizar 141 homens e 51 meios terrestres.
Comentários