O ponto de situação do incêndio rural que lavra na Serra da Estrela foi realizado pelo Comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes.
O fogo na Serra da Estrela encontra-se "ativo" e está "bastante partido", ou seja, com várias frentes ativas, pelo que "é mais difícil de combater". Há ainda "potencialidade de novas frentes" face às condições meteorológicas "que são adversas".
Prevê-se nas próximas horas "vento forte e uma baixa humidade relativa do ar", que pode dificultar o combate ao fogo.
A prioridade, refere André Fernandes, é estabilizar três das frentes deste incêndio "muito fragmentado" devido às características do terreno. As frentes em causa são a voltada a sul, em Orjais; no nordeste, em Velada; e uma frente a norte.
"Vai ser um dia complicado, de muito trabalho", sendo que a prioridade são as "manobras de estabilização", assumiu André Fernandes.
Este fogo provocou até ao momento 19 feridos ligeiros, 3 feridos graves e 25 assistidos no teatro de operações. Nenhum dos 3 feridos graves correm risco de vida, esclareceu o comandante da Proteção Civil. Do ponto de vista dos danos materiais, há registo de duas habitações atingidas pelas chamas em Vale Formoso.
O fogo já obrigou a retirar 45 pessoas das suas habitações.
Neste teatro de operações estão mobilizados 1106 operacionais, 331 terrestres e 13 meios aéreos.
O incêndio, cujo primeiro alerta foi dado na madrugada do dia 6, mas que reativou esta segunda-feira, atinge os municípios de Manteigas, Covilhã e da Guarda.
Na segunda-feira, foi acionado o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil da Guarda, devido aos incêndios que ameaçaram as povoações do território do concelho.
Nos últimos três dias, segundo o balanço da Proteção Civil, foram registadas 205 ocorrências, envolvendo 7754 operacionais, 2104 meios terrestres e 118 missões para meios aéreos.
Em termos de ocorrências significativas com vigilância ativa, há nove a registar neste momento: 2 no distrito de Castelo Branco, 3 na Guarda, 3 em Santarém e 1 na Guarda.
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