De acordo com a agência espanhola EFE, que cita fontes do tribunal, as queixas foram apresentadas nas últimas semanas e encontram-se numa fase muito preliminar, ou seja, as partes ainda não foram notificadas para apresentar argumentação.
A primeira queixa tem como primeira signatária a presidente do parlamento regional, Carme Forcadell i Lluis, e foi apresentada a 18 de outubro, 17 dias depois do referendo independentista, considerado ilegal pela justiça espanhola e que ficou marcado por cargas policiais.
A queixa tem o número 75147/17 e está assinada também por 76 deputados da Junts pel Sí (a plataforma independentista catalã que junta vários partidos, como o PDECAT e a ERC), a CUP e o Catalunya Sí Que Es Pot.
Na prática, é uma queixa contra a decisão do Tribunal Constitucional espanhol de suspender o plenário de 09 de outubro, no qual estava prevista a presença do ex-presidente da Generalitat, Carles Puigdemont, para avaliar os resultados do referendo.
A possibilidade de o parlamento declarar a independência unilateral da região – o que acabou por acontecer a 27 de outubro – estava em cima da mesa.
Puigdemont também assina a queixa, na condição de parlamentar da Junts pel Sí.
A queixa alega a violação dos seguintes direitos: liberdade de expressão e liberdade de reunião e associação, os artigos 10 e 11 da Convenção Europeia dos Direitos Humanos.
A segunda queixa contém os mesmos argumentos e foi apresentada no mesmo dia por uma pessoa identificada apenas como Domingo Garcia-Milá.
As outras duas queixas referem-se às multas impostas pelo Tribunal Constitucional espanhol ao ex-secretário-geral da vicepresidência de Economia e Finanças, Josep Maria Jové Llado, e à Sindicatura Eleitoral nomeada pelo parlamento catalão, que deveria ter atuado como comissão eleitoral no referendo de 01 de outubro.
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