O reconhecimento foi feito pelo ministro venezuelano da Defesa, Vladimir Padrino López, durante um ato de saudação das tropas a Nicolás Maduro, na Academia Militar da Venezuela, após o Presidente ter tomado posse para um novo mandato.
“Acatamos sem hesitar o seu mandato único e indiscutível liderança, para dirigir os destinos da pátria nos próximos seis anos, e o reconhecemos como nosso comandante-chefe”, disse o ministro, que vincou que as eleições presidenciais antecipadas de 20 de maio de 2018 foram “legítimas”.
Segundo Vladimir Padrino Lopez, as FAV “reiteram o seu indefetível caráter bolivariano, anti-imperialista e anti-oligárquico”.
O ministro venezuelano disse falar em nome do Exército, da Marinha, da Aviação Miliar, da Guarda Nacional (polícia militar) e da milícia bolivariana, distribuídos por oito Regiões Estratégicas de Defesa Integral, a região capital, central, ocidental, de Los Andes, de Los Llanos, Oriental, de Guayana e Marítima Insular.
Por outro lado, Nicolás Maduro, que hoje tomou posse para um novo mandato, explicou que o seu Governo está a ter “uma batalha épica, única, heróica, para dizer ao mundo que a Venezuela se respeita e que a Venezuela é governada pelos venezuelanos”, sem intervenção nem ingerência de nenhuma potência imperial.
“Chegou o tempo e aprofundar a revolução militar da Venezuela e a revolução que implique a aplicação do conceito, doutrina, moral e o sistema de armas na prática”, acrescentou.
O chefe de Estado venezuelano disse ainda jurar que, como Presidente da Venezuela, como cidadão, “jamais falhará” aos militares e que estará ao serviço das grandes causas da pátria.
Nicolás Maduro, tomou hoje posse, perante o Supremo Tribunal de Justiça, como Presidente da Venezuela para o período 2019-2025.
Segundo o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, Maduro foi reeleito para um novo mandato presidencial nas eleições antecipadas de 20 de maio de 2018, com 6.248.864 votos (67,84%).
Um dia depois das eleições, a oposição venezuelana questionou os resultados, alegando irregularidades e o não respeito pelos tratados de direitos humanos ou pela Constituição da Venezuela.
Vários países já manifestaram não reconhecer o novo mandato de Nicolás Maduro.
Entretanto, o chefe de Estado anunciou que na próxima segunda-feira anunciará novas medidas económicas para o país.
A crise político-económica e social levou, segundo dados das Nações Unidas, a que quase três milhões de venezuelanos tenham abandonado o país, desde 2015, sobretudo para países vizinhos da América Latina.
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