Nuno Calvet, que nasceu em 1932 em Oeiras, começou a interessar-se por fotografia na década de 1950, como amador, atividade que conciliava com a de técnico de som, segundo informação disponível no ‘site’ oficial do Centro Português de Fotografia.

Ainda enquanto fotógrafo amador, em 1960, venceu o segundo prémio de um concurso internacional de fotografia a preto e branco, promovido pela revista inglesa Photography.

Nove anos depois, profissionaliza-se, com enfoque na fotografia comercial e documental.

No mesmo ano, em 1969, edita o livro “Foto-Grafias”, com José Carlos Ary dos Santos, que é apreendido pela PIDE (polícia política do Estado Novo) e só fica disponível novamente em maio de 1974.

No início dos anos 1970, antes do 25 de Abril de 1974, faz um trabalho sobre o património cultural português em São Tomé e Príncipe e uma recolha fotográfica de Moçambique e Angola.

Já depois do 25 de Abril, foi fotojornalista no Jornal Novo, diário vespertino publicado em Lisboa entre 1975 e 1979, onde Nuno Calvet esteve até 1977.

Ao longo da carreira participou em várias exposições, tendo mostrado o seu trabalho em 1981 em Florença e em Milão, em Itália, e na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, onde em 1983 apresentou “Além Terra”, sobre a terra/campo e as pessoas do Alentejo.

Nuno Calvet publicou também uma série de livros, entre os quais “As Mais Belas Cidades de Portugal” (Verbo, 1997), “Festas e Comeres do Povo Português II”, (Verbo, 1999), em conjunto com Maria de Lourdes Modesto e Afonso Praça, “As Mais Belas Igrejas de Portugal” (Verbo, 2000) ou “Contemporaneidade” (Lipor, 2009).

A obra de Nuno Calvet está representada na coleção do Centro de Arte Moderna Gulbenkian.

As cerimónias fúnebres de Nuno Calvet aconteceram na segunda-feira, em Elvas.