A Prefeitura Marítima do Atlântico anunciou, em comunicado, que a Marinha francesa intercetou a embarcação em 12 de março, graças a informações recebidas de uma agência europeia, o Centro de Análise e Operação de Narcóticos Marítimos, e da DEA norte-americana, com base numa investigação da Polícia Federal brasileira.
A operação francesa, conduzida pelo Ministério Público de Brest e pela Prefeitura do Atlântico, foi realizada ao abrigo do artigo 17.º da Convenção das Nações Unidas sobre a Droga, que permite a um Estado intervir num navio suspeito se tiver a aprovação do país em que o navio está registado, neste caso o Brasil.
A Marinha francesa está também estacionada no golfo da Guiné desde 1990, no âmbito da operação multilateral Corymbe, em que a França contribui para reforçar a segurança nesta zona, uma das mais críticas para o trânsito de droga proveniente da América Latina.
“A perfeita cooperação entre os intervenientes nacionais e internacionais na luta contra a droga conduziu a este resultado excecional, que ilustra a eficácia da ação do Estado francês no mar, no âmbito da proteção das fronteiras externas e da luta contra a criminalidade organizada”, sublinhou a Prefeitura.
As 10,69 toneladas de cocaína que foram retiradas do navio e destruídas – de acordo com as autoridades francesas – têm um valor de mercado estimado em 695 milhões de euros.
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