“No âmbito desta coligação, que vai estar aberta a todas as redações francesas até junho, os meios de comunicação social parceiros vão unir forças para lutar contra as ‘infoxes’ [termo que conjuga as palavras informação e intoxicação e que significa informação falaciosa], reunir os verificadores de factos para os tornar mais visíveis e responder aos pedidos de verificação do público em geral”, pode ler-se numa declaração publicada hoje.

A coligação “Objetif Désinfox” (“Objetivo Desintoxicação”), lançada em 06 de dezembro, inclui a agência France-Presse (AFP), Arte, BFMTV, Euronews, France24, TF1 e TV5 Monde, assim como as estações de rádio RFI, RMC e RTL.

O Instituto Nacional de Estudos Demográficos (Ined) está também associado como “parceiro académico”, especifica o texto assinado pelos meios de comunicação associados à iniciativa.

De acordo com os promotores, o público vai poder “questionar a coligação sobre as palavras de um candidato ou sobre as publicações que circulam nas redes sociais” e relatar informações falsas.

A “luta contra a desinformação é um assunto de todas as redações”, afirmou o diretor-executivo da AFP, Fabrice Fies, citado no documento.

“A crise da covid-19 e a intensidade da campanha presidencial, particularmente nas redes sociais, demonstram a necessidade de todos os meios de comunicação social unirem esforços para combater a desinformação, que ameaça os fundamentos das nossas democracias”, acrescentou Thierry Thuillier, diretor-geral adjunto de informação do Grupo TF1.

Sébastian Missofe, diretor-geral da Google France, salientou que “todos os anos, a Google forma milhares de jornalistas em ferramentas digitais, particularmente em tecnologias úteis para a verificação de informação em linha” e que a parceria com a AFP “permite expandir essa formação”.

Em 17 de novembro, a Google e a AFP assinaram um acordo mediante o qual a empresa do motor de busca vai pagar pela utilização dos conteúdos da agência nos últimos cinco anos.

Esta foi a primeira parceria concluída por uma agência noticiosa nos termos de uma diretiva europeia que a França foi a primeira a transpor para o seu direito nacional em 2019.

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