"Há vários meses que França tem sido alvo de repetidas acusações, ataques infundados, declarações ultrajantes", disse, em comunicado, o ministério dos Negócios Estrangeiros francês, acrescentando que os ataques verbais de Itália são os piores desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

A reunião na terça-feira de Luigi Di Maio, vice-primeiro-ministro italiano e chefe do Movimento 5 Estrelas (M5E), com membros dos "coletes amarelos", mobilizados por várias semanas contra o presidente Emmanuel Macron, foi a “gota de água” para o Governo francês.

Di Maio anunciou nas redes sociais que se reuniu na terça-feira em França com responsáveis dos "coletes amarelos", protagonistas do protesto contra a política fiscal e social do presidente Emmanuel Macron.

"O vento da mudança atravessou os Alpes", disse Di Maio.

"Esta nova provocação é inaceitável entre países vizinhos e parceiros no seio da União Europeia", comentou o ministério.

"Di Maio, que tem responsabilidades governamentais, deve velar por não afetar com as suas repetidas ingerências as nossas relações bilaterais", acrescentou.

No início de janeiro, Di Maio já tinha dado o seu apoio aos "coletes amarelos".

O movimento dos "coletes amarelos" tem protestado nas ruas de França desde meados de novembro devido aos baixos salários e à pressão fiscal.