Uma primeira reunião, ao nível dos especialistas dos 15 países membros do Conselho de Segurança (CS), tem início marcado para as 18:30 TMG (19:30 em Lisboa).

“Não há um calendário artificial [para uma votação]. O que nós queremos é entrar em negociações verdadeiras, produtivas e sérias”, disse o embaixador francês na ONU, François Delattre, à imprensa.

“Começaremos os debates hoje ao fim da tarde de boa-fé, com espírito positivo entre os 15 membros. O objetivo desta resolução é claro: relançar uma ação coletiva do Conselho de Segurança sobre o dossier químico, para proteger a população civil e trabalhar numa solução política para a crise síria”, precisou o diplomata francês.

É a primeira vez que um texto reunindo estes três aspetos — químico, humanitário e político — de um conflito com sete anos é proposto ao Conselho de Segurança.

Iniciado pela França e apoiado pelos Estados Unidos e o Reino Unido, o projeto de resolução foi colocado no sábado à noite em cima da mesa do CS, menos de 24 horas após os bombardeamentos daqueles três países na Síria, para punir o regime por ter recorrido a armas químicas a 07 de abril, em Douma, num ataque que fez 40 mortos e mais de 500 feridos.

A Rússia nega, tal como Damasco, que tenham sido usadas armas químicas naquela cidade próxima da capital síria.

O projeto de resolução prevê a criação de “um mecanismo independente” de investigação e de atribuição de responsabilidades no recurso às armas químicas, “assente nos princípios da imparcialidade e do profissionalismo” e impõe à Síria o total desmantelamento do seu programa químico sob a supervisão da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ).

O documento exige igualmente a aplicação rigorosa de um cessar-fogo e “um acesso humanitário sem restrições” em todo o país, bem como o relançamento de uma dinâmica política em Genebra para negociações de paz.

Desde o início da guerra civil, em 2011, a Rússia, que apoia o regime do Presidente Bashar al-Assad, vetou 12 vezes textos relativos à Síria no Conselho de Segurança da ONU.

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